Mancha de óleo

E o petróleo continua derrapando na própria mancha de óleo. Ontem, queda de 5% a 6% nas bolsas de Londres e Nova York. Em Nova York, pela primeira vez em dois anos, barril abaixo de US$ 35.

O derretimento as cotações ocorre exatamente nesta semana Internacional do Petróleo, que reúne lá mesmo em Londres, os principais executivos da poderosa indústria do ramo.

Discutiu-se nesta terça-feira a redução dos investimentos globais em pesquisa, lavra, refino e transporte - agora que o consumo recua pela primeira vez, desde 1982. Ou em 27 anos.

Com o mea culpa do setor, deixando o barril disparar para perto de US$ 150 em julho do ano passado, o mundo todo passou a desengavetar projetos de conservação de energia e de substituição do petróleo. O que repete o fenômeno ocorrido nos anos 80, pós segundo choque da Opep.

Vale lembrar a advertência do xeque Izaki Yamani, fundador da Opep, criticando o barril acima de US$ 100: "A idade da pedra acabou e não por falta de pedra..." Tradução: a idade do petróleo também pode acabar e não por falta de petróleo. 

Ah! Enquanto nos investimentos, o mundo dá dois passos atrás, aqui no Brasil do pré-sal, a Petrobras dá três passos à frente. Bingo! 
Joelmir Beting

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