Antecipada em mais de dois anos, a refrega eleitoral de 2010 achega-se aos escaninhos da Justiça.
Dias depois, a oposição informou que questionará no TSE o uso da máquina governamental como alavanva promocional de Dilma Roussef.
Nesta terça (17), o PT foi à forra. Líder petista na Assembléia Legislativa de São Paulo, o deputado Roberto Felício foi ao Ministério Público contra o tucano José Serra.
Felício questiona a legalidade de uma propaganda televisiva da Sabesp, estatal paulista de água e esgoto. A peça foi levada ao ar em âmbito nacional.
Por que diabos uma estatal de São Paulo paga pela veiculação de uma peça publicitária em outros Estados?
A finalidade é “eleitoreira”, acusa o líder do PT. Há publicidade tem a "nítida intenção" de favorecer o governador Serra, presidenciável do PSDB.
O petismo não está só. O TRE do Rio, uma das praças brindadas com o comercial da Sabesp, já requisitara informações às emissoras Globo e Bandeirantes.
Munido dos dados, o tribunal analisará se a estatal foi ou não utilizada com o propósito de promover eleitoralmente o pré-candidato Serra.
A Sabesp expediu uma nota. Anota, entre outras coisas, que um par de leis estaduais autoriza a veiculação de propagandas em âmbito regional, nacional e até interncional.
"Ou seja, a empresa está legalmente amparada para prestar seus serviços em outros Estados e países". Beleza.
Se tomado ao pé da letra, esse lero-lero pseudolegalista justificaria até a veiculação de peças da Sabesp nos EUA, na China, no inferno.
Bóia no ar a pergunta: Por que o contribuinte de São Paulo, que não deseja da Sabesp senão água na torneira e esgoto na porta, deve financiar tais extravagâncias?
Embora procurado, Serra não disse palavra. Ruim, muito ruim, péssimo. A platéia mereceria meia dúzia de palavras do governador-candidato.
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