Em comunicado divulgado nesta segunda (23), o governo dos EUA esmiuçou o plano de socorroa instituições financeiras.
A coisa fora anunciada há 13 dias. Sabia-se que teria três etapas e que custaria ao contribuinte americano US$ 1,5 trilhão. Sabe-se agora:
1. O programa começa a ser retirado do papel nesta quarta (25);
2. O objetivo final é "garantir que os bancos tenham o capital e a liquidez que precisem para oferecer o crédito necessário para restaurar o crescimento econômico";
3. Os bancos americanos que necessitem de socorro serão compelidos, primeiro, “a se voltar para fontes privadas de capital";
4. Não havendo dinheiro privado à disposição, “o aporte de capital será oferecido pelo governo";
5. A torneira das arcas públicas não jorrarão à farta. A idéia é que o dinheiro fique disponível, para servir como um suporte para eventuais perdas além do esperado;
6. Pretende-se usar a verba pública para assegurar empréstimos a clientes com boa classificação cadastral;
7. Como garantia aos aportes financeiros, as casas bancárias soocorridas darão ao governo ações preferenciais em volume e em valor correspondente;
8. Significa dizer que, na prática, o Estado será sócio dos bancos. Para capitalizar os bancos, admite-se a hipótese de converter ações prefereneciais em ordinárias;
9. No comunicado desta segunda, descartou-se a alternativa de estatização integral de bancos;
10. Diz o texto: "Como a economia funciona melhor quando as instituições financeiras são bem geridas no setor privado, o pressuposto fundamental do programa é o de que os bancos devem permanecer em mãos privadas".
11. Na última sexta (20), o presidente do Comitê Bancário do Senado dos EUA, Christopher Dodd, dissera coisa diferente sobre a estatização bancária;
12. Segundo Dodd, alguns bancos poderiam ser assumidos pelo Estado "por um período curto".
13. "Eu não acho isso bom, de forma alguma, mas posso ver que é possível que venha a acontecer", dissera Dodd. "Estou preocupado que acabemos por ter de fazer isso, ao menos por um curto período."
14. A encrenca bancária está na origem da crise financeira que se irradiou dos EUA para o mundo. Tenta-se debelar o incêncio desde George Bush. E nada.
15. Neste início de 2009, 14 bancos americanos já foram à breca. A bruxa ronda agora duas casas de peso: o Citigroup e o Bank of America. Daí os novos movimentos da Casa Branca, agora sob Barack Obama.
16. A despeito da veiculação do comunicado oficial, a Bolsa de Nova York caiu. Atingiu o nível mais baixo em 12 anos. A coisa vai ecoar no mercado brasileiro, na reabertua dos negócios depois do Carnaval.
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