Diogo Mainardi é um colunista ferino.
Mais que isso, seguramente, é venenoso e predador insaciável.
Conseguiu ser autor do livro “Polígono das Secas” sem nunca ter posto seus pés no Nordeste que tanto abomina em suas tiradas preconceituosas sobre nordestinos, como se nordestino tivesse escolhido ter nascido aqui e ele abençoado por haver nascido na baixa da égua onde nasceu.
Diogo é colunista de uma revista de circulação nacional e persegue, com seu faro aguçado de cão perdigueiro e britânica contumácia, os “odores” dos micos, gafes e deslizes do presidente Lula.
Diogo é um pitbull raivoso e sem a mordaça dos limites, morde, com a peçonha de suas palavras, seus inimigos gratuitos ou que se arriscam, através da mídia e ficar na alça da mira de seu bote quase sempre certeiro e mortal.
O nordestino, cabra da peste, já está, de certa forma, imune à sua peçonha preconceituosa, discriminatória.
Diogo tem lá seu público que gosta de polêmica e que aplaude seus textos quando existe coincidência de interesses.
Existe uma certa platéia rindo do palhaço fotogênico a fazer graça com o fel a escorrer-lhe pelos cantos da boca irônica, ou é ele mesmo a platéia de um homem só, acreditando fazer de palhaços os que, por curiosidade ou porque simplesmente compram ou assinam a revista, seus textos quase sempre amargos ou com discreta graça ou resquícios de inteligência.
Poder-se-ia deixar por menos, afinal, Diogo sofreu um revés pesado que lhe foi imposto pelo destino.
Quando o presidente Lula não lhe fornece matéria para ele se divertir, Diogo vai direto na jugular das mazelas nordestinas, na miséria do povo do lado de cá do Brasil e nunca perdoa.
Pressupondo-se acima da carne seca, julga-se também o dono de todas as verdades e agora, administrador implacável do gosto alheio, arvorando-se de crítico de arte, ridicularizando os valores internacionais atribuídos a um descendente de nordestinos: o artista plástico e fotógrafo Vik Muniz, que tem suas obras reconhecidas mundo afora e compradas a peso de ouro, como foram, por nada menos que o MoMA, o Museu de Arte Moderna de Nova York.
O menino veneno também sabe ser invejoso.
Diogo Mainardi passa ao largo dos gostos e das preferências alheias.
Vai ver, acredita-se suficientemente poderoso, lá do cantinho de sua coluna ferina, e capaz de ditar a moda, a fé, as preferências sexuais, o nível de inteligência e pasmem, o conceito de arte. E tudo isso sabe porquê? Porque o Vik Muniz, descend de nordestinos humildes (o pai era garçom), mas fez sucesso, ganhou fama e suas obras são compradas por milhares de dólares enquanto a coluna semanal do menino veneno tem um preço fixo.
Vik Muniz ousou ao recriar a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, pintando-a com materiais criativos, digamos assim.
Sim, a velha pasta de amendoim largamente consumida pelos americanos em seu desjejum.
Diogo não gostou e rodou em cima do salto alto de sua vaidade esculhambando o artista, debochando do gosto dos que adquirem obras para o MoMA de Nova York.
Ele, Diogo, pode fazer o que bem entende com a sua liberdade de imprensa, mas o artista parece ter seus direitos de criar cerceado por uma espécie de ditadura mainardiana.
Que que é isso, Marechal Diogo Mainardi? Menos veneno, menino, menos.
Só não concordo com a analogia com o Pit Bull, que é cão valente.
ResponderExcluirMainardi, só late e tenta morder porque tem um dono por trás, como fazem os pinchers e poodles.
O DiogoMaisNada não passa disso, nada.
ResponderExcluirEssa anta vive em depressão desde o nascimento da filha que por conta do destino não veio "lorinha dos zóio azul" nem tem qi 120. Descarrega nos outros o sentimento de fracassado. O pregador das raça pura, tem que lidar com uma criança com necessidades especiais dai o ranço.