1. Lá se vão mais de 2 mil anos que o uso da criminalização do contrário é um recurso usado para produzir unidade interna e apoio nos governos, igrejas, associações, seitas, ordens... Antes valia a retórica e as marcas pintadas. Com o desenvolvimento dos instrumentos de reprodução gráfica, este recurso se multiplicou. E o que dizer depois com o som e imagens. Nas religiões e na política foi usado intensamente. A inquisição contra ateus e hereges é um exemplo de vários séculos. Hitler demonizava bolcheviques e judeus e pedia apoio do povo. Stalin demonizava o imperialismo e pedia apoio do povo. Durante a guerra fria, o recurso de criminalizar comunistas era rotina. Até a democracia americana sofreu desse mal logo após a Segunda Guerra.
2. Esse recurso é usado em várias graduações, por políticos, pela imprensa, pelas religiões, associações, seitas e ordens. Recurso esse que não parou de ser usado. Na imprensa, nos últimos cem anos, adotou-se o nome de FIDELIZAÇÃO o uso e abuso da identificação de um contrário, um alvo, um foco, permanentes e sistemáticos de forma a que um perfil de leitor se mantenha atraído pelas notícias que estão ou que virão. Uma vez conhecendo sua audiência e num mercado de retração ou muito competitivo, se abusa desse recurso.
3. Nos anos 50 e 60 isso ocorria mesclado com a política e pelos dois lados. Um recurso muito comum é simplificar a sociedade num binário; ricos e pobres, honestos e corruptos, guerra e paz, agressores e agredidos, ordem e desordem, jovens e delinquentes... Nos anos 50 e 60 era um recurso intensamente usado. Agora também, mas de forma mais suave e às vezes mais sutil, na medida em que a associação entre política e imprensa não é tão orgânica quanto antes.
4. Mas é exatamente essa suavidade e essa sutileza que tornam o instrumento da criminalização do contrário muito mais perigoso, pois não é percebido pela audiência que excita. Fazer cumprir a lei é algo necessário. Mas quando o objetivo da repressão é exaltar o repressor com fotos e imagens, há um desvio goebelliano perigoso, pois excita o binário. Seja por quem o faz, seja por quem divulga.
5. Num momento de crise isso tudo se torna mais agudo, pela perda ou defesa de mercado, incluindo aqui os mercados de informação, bens e serviços e da política. O risco do abuso com a fidelização é num momento futuro, a equação ser dissolvida e com isso desintegrar o emissor, seja qual for.
É o que ocorre atualmente no Brasil. A oposição com apoio do PIG criminaliza o PT e em resposta o PT criminaliza a oposição.
ResponderExcluirEste estado de coisa vai mudar a partir de 2010 quando a Dilma for eleita e atrair parcela dessa oposição para a base governista.
Olá, prezado Briguilino.
ResponderExcluirMeu cartoon sobre a CPI dos tucanos está à sua disposição.
Mande-me um e-mail no locatelli@planetaignis.com e eu lhe mando a arte com boa definição.
Abraço!
Muito lucida a analise feita pelo Cesar Maia. Isto prova que não é necessário ser petista para ser inteligente rsss.
ResponderExcluirO ESPELHO nem sempre reflete a imagem bonita que desejamos, o ESPELHO pode refletir um monstro na sua imagem escondida na sombra da figura ali exposta. Nem sempre o ESPELHO mostra com realismo o reflexo distorcido na sua superfície refletora constituída por uma película metálica depositada sobre um dielétrico polido. Nem sempre o ESPELHO expõe com clareza a figura tétrica do Zé Pedágio sorrindo de forma monstruoso, sorriso que põe medo até em cachorro louco. ESPELHO, ESPELHO meu diga quem é mais feio que o Serra, o qual pretende vender o Brasil a preço do seu colega de partido político, ou seja, CHUCHU. Nesse espelho a figura que vemos sem distorções é a dona Dilma, imagem limpa, pura e certa para ser eleita a presidência da República.
ResponderExcluirO serviço de almoço popular é uma grande oportunidade de provar excelentes pratos a preços mais enxutos. Com acompanhamento de belo e apetitoso prato de Lula você come um saboroso Dilma ao sugo de manter o patrimônio do país intacto. Por isso vários restaurantes em todo o país adotaram a prática de servir bem, para aumentar e manter a clientela de eleitores. O roteiro mostra a melhora social que uma grande parcela da população foi beneficiada com essa refeição que não engorda, mas melhora o visual e a silhueta. Confira o roteiro, siga em frente, pois a matriz tem filial em todas as cidades da nação é só apresentar o titulo de eleitor e se farte nas urnas numa das muitas filiais desse restaurante popular. COMA e BEBA a vontade e, nas horas vagas de uma esticadela na lanchonete do PT. Nunca coma traíra, você poderá morrer entalado com a espinhela do Zé Pedágio.
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