Deu a louca na mídia?


A grande mídia brasileira chegou por acaso ao posto de oligopolio na América Latina. Sem competência não teria se estabelecido. Foi fundamental a politicagem e apoio a "ditabranda". Hoje, 100% de seu capital total está nas mãos de 4 familias. O oligopolio tem atuação nas principais ações dos partidos de oposição. E o governo do PT, Lula está submetido a bomberdeio diario, mesmo continuando a patrocinar os veiculos de comunicação(?) destas familias italianas com patrocinio de estatais.

Apesar de ser usada politicamente pelos governos tucademos, a grande midia brasileira é um caso de fracasso eleitoral.

Por isso mesmo, é incompreensível a decisão da mafia midiatica de ser contra os blogs criados para jogar na rede mundial de computadores questionamentos e observações de jornalistas antes que as reportagens sejam publicadas. Numa empresa inteligente, o gênio responsável seria demitido.

A decisão das familias é antiética e burra. Simples assim.

Quando um jornalista procura a empresa antes de publicar a reportagem, dá a ela a chance de corrigir erros, precisar informações e até de matar uma pauta que não para em pé.

Esse procedimento não está na letra da lei. É resultado do processo da modernização da imprensa, de seu amadurecimento como instituição que, nas democracias, deve fazer da forma mais responsável possível a busca da verdade.

A imprensa erra? Erra. A imprensa está cheia de estúpidos? Está. Há parcialidade em alguns veículos? Inegável.

No entanto, a imprensa brasileira vem melhorando o padrão de seus procedimentos. A decisão do PIG quebra uma relação de confiança, digamos assim, necessária à liberdade de imprensa e ao direito de a empresa expor o contraditório livremente sem intermediarios.

Jornalistas serão desestimulados a continuar mentindo e terão de abrir o sigilo de suas informações. Mais: algumas informações não precisariam, necessariamente, ser checadas com a empresa. Se o jornalista tem segurança de sua informação, pode e deve publicá-la. Se errar, arcará com o ônus. Mas a boa prática jornalista recomenda ouvir o outro lado. Em casos de suspeita de corrupção, é obrigatório oferecer o direito de defesa. Mas essa oferta poderá ser feita de forma limitada a fim de preservar informações exclusivas do jornalista.

A imprensa e a empresa perdem, mas quem perde mais? Sem dúvida, o público.

O argumento de que a imprensa dá o erro na manchete e se desculpa no pé de página é um bom argumento. Mas há jornalistas e há jornalistas. Há veículos e há veículos. O blog poderia registrar um ranking de quem, do seu ponto de vista, errou. E existe uma Justiça no Brasil que tem sido cada vez mais rápida e dura com a imprensa na concessão de direitos de resposta e reparações materiais.

É pura cascata falar em transparência. Transparência haveria se os meios de comunicações publicasem a verdade nas reportagens. Se a midia se sente injustiçada, pode expor na rede a troca de informações com a imprensa.

Por último, há controvérsia sobre a ilegalidade da decisão do PIG de questionar a Petrobras. As opiniões de especialistas, até o momento, tendem majoritariamente a dizer que é absolutamente legal. Pode ser, mas é absolutamente antiética e burra. Demonstra intolerância a críticas e incompetência empresarial.

Na democracia liberal, as empresas buscam melhorar suas relações com a imprensa. Como os políticos entenderam que precisam dialogar com a imprensa para exercer o poder, as empresas necessitam fazer o mesmo para lucrar.

Difícil compreender como uma empresa que não precisa enfrentar uma CPI no Senado, investir na exploração do quanto pior melhor e continuar com sua trajetória de insucesso possa ter uma gestão capaz de dar um tremendo tiro no pé. Decisões desse tipo só reforçam a imagem de uma corja que precisa realmente avançar muito na transparência. Transparência dos seus próprios atos.

Sítio

Quem quiser conhecer a genial estratégia de comunicação da Petrobras, acesse o link.

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