PSOL - Ato de covardia

Considero muito o PSOL e tenho votado nele para os diferentes parlamentos, mas acho - e digo isso para amigos meus militantes do partido - que a ruptura com o PT na época da histérica novela do "Mensalão" foi um ato de covardia. Afinal, é muito mais fácil a vida de quem, por se dizer da esquerda, se coloque eternamente na oposição sem perspectivas de chegar ao poder para criticar as medidas adotadas por quem no poder está. Assim mantém-se a "pureza".

Os integrantes do
PSOL, mesmo com a ruptura com o PT, poderiam ter aderido a uma coalisão moderada, com críticas, mas participando do governo. Senão antes de 2006, com certeza poderia tê-lo feito a partir do 2o mandato de Lula. Porque o PSB e o PCdoB podem e o PSOL, não?

Enfim, o
PSOL teve a grande chance de fazer a diferença compondo a base aliada, mas preferiu agarrar-se ao discurso utópico.

Não que não acredite nas utopias da esquerda. Muito ao contrário. Mas acho que é chegada uma hora em que é preciso agarrar as oportunidades para
atuar no mundo concreto, nem que seja abrindo concessões para viabilizar-se politicamente. Tentar construir uma agenda mínima.

O que não dá é se manter fidelíssimo às convicções, mesmo quando isso impede de colocá-las em prática.
Fernando

2 comentários:

  1. Cleiton Veras25 junho, 2009

    Absolutamente correta esta analise. Concordo em numero, genero e grau.
    Parabens pela postagem briguilino.

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  2. Marco Antônio Leite25 junho, 2009

    Um dos muitos idiotas que proliferam pela paulicéia desvairada teve a luz da sabedoria em inventar o edifício pinga-pinga, a fim de expulsar centenas de jovens viciados em drogas, especificamente o crak através de pingos d’água. Esse fato é vergonhoso para o governo Zé Pedágio, pois não se trata de dependentes químicos dessa maneira, ou seja, expulsando-os de seus habitats imaginários. Essa forma só provoca a transferência do problema para outras áreas da cidade, haja vista que o atual local é chamado de nova cracolândia, visto que foram expulsos da velha cracolândia. Esse monstro conhecido como Zé Pedágio deseja governar este país, aqueles mais conscientes politicamente tem por obrigação de orientar os menos politizados no sentido de mostrar o quanto esse individuo será nocivo para trabalhar com problemas sociais graves. Nesse e outros casos de pessoas que necessitam de ajuda concreta, o Zé Pedágio usou soluções medievais, as quais vão do fechamento das aberturas sob os viadutos e pontes da cidade, confecção de jardins para afugentar os moradores de ruas e as famosas anti-rampas para dificultar o acesso de pobres nos baixos dessas obras feitas com o dinheiro do povo.

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