O criativo: O slogan "o Brasil pode mais", repetido por José Serra (PSDB-SP) em suas últimas aparições públicas, foi usado por Geraldo Alckmin em 2006, quando ele perdeu a eleição presidencial para Lula. "O Brasil pode mais, porque você pode mais", disse Alckmin no penúltimo programa eleitoral de sua campanha na TV. O marqueteiro dos dois é Luiz Gonzalez.
O criativo 2: A incrível coincidência já tinha sido identificada em outro slogan, usado na eleição que escolheu os dirigentes do Santos F.C., no ano passado. "O Santos pode mais" era o slogan da chapa vencedora -da qual fazia parte Fábio Gonzalez, irmão do marqueteiro dos tucanos.
Então, ainda tem dúvida do que seria outro desgoverno tucademo no Brasil?
Eu tenho não.
Briguilino
ResponderExcluirSó me responde uma coisa. Se o governo tucano foi como vocè diz um desgoverno, por qual motivo Luiz Inácio Lula da Silva deu continuidade aos porgramas sociais tucanos, como o Bolsa Família e a política econômica comandada pelo banqueiro tucano Henrique Meirelles?
Abaixo a resposta que você não aceita. O que fazer, se você é o pior cego e ainda sofre de TOCAL?
ResponderExcluirAinda não está claro qual será a proposta do candidato José Serra para ser o pós-Lula. Há dois desafios pela frente. O primeiro, apresentar propostas que se diferenciem do modelo Lula de governar. O segundo, explicar as críticas anteriores ao modelo.
O problema maior é que, nos últimos anos, o PSDB deixou de lado propostas e programas e enveredou por um caminho de criticar todos os aspectos da política econômica de Lula.
Nesse período, parte da grande imprensa tornou-se o porta-voz de fato do partido. E o discurso colocado em prática era de defesa do neoliberalismo exacerbado.
Como desdizer, agora, o que já foi dito?
***
Vamos a alguns pontos essenciais de discussão:
1. Papel do Estado.
Em todo esse período, pulularam as críticas contra o ativismo da política industrial, contra o projeto do pré-sal, contra o fortalecimento das empresas públicas – Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal -, sem a preocupação de diferenciar aparelhamento de Estado de ação de Estado.
A crise econômica desmontou esses argumentos. As medidas tomadas e o papel conferido aos bancos públicos foi essencial para reduzir o impacto da crise global no Brasil. Hoje em dia, há um retorno do conceito de política industrial mesmo em países que se converteram na meca do neoliberalismo – como Estados Unidos e Inglaterra.
2. Bolsa Família e salário mínimo.
A campanha contra o programa foi intensa. Foi transformado em “Bolsa Esmola”. Aliados próximos a Serra – como o ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcellos e o atual governador Alberto Goldman (através de sua esposa) – deixaram explícitas as críticas contra o Bolsa Família.
Hoje em dia, há consenso de que a inclusão social, possibilitada pelos dois programas, permitiu a criação de um novo mercado de consumo popular que está mudando a face de regiões inteiras, além de ter sido elemento fundamental para impedir o aprofundamento da crise. Como desdizer os ataques ao programa?
3. Minha Casa, Minha Vida.
No próprio discurso de lançamento de seu nome, Serra chamou o programa habitacional do governo de “estelionato”. Quando se conversa com grandes construtoras – como a Odebrecht – fica-se sabendo que só não se constroem mais casas por absoluta falta de mão-de-obra. Ou seja, o programa conseguiu ocupar a capacidade instalada da indústria da construção no país.
4. Política cambial.
O grande erro do governo Lula, permitindo a invasão de produtos chineses, asfixiando a indústria de máquinas e equipamentos do país, esmagando as exportações de manufaturados. Mas a posição do Banco Central no período, apoiada por Lula, foi também enaltecida por toda a mídia aliada a Serra. Os principais economistas do PSDBB defenderam com unhas e dentes a autonomia do BC e a idéia errônea de que o câmbio é fixado pelo mercado.
Serra passou a explicitar uma crítica contra a política – que, antes, nunca teve coragem de formular de maneira aberta, a não ser em ocasiões raras. Mas como convencer seus eleitores de que tudo o que o PSDB disse a respeito da “herança bendita” do BC estava errado?