Por Marcel Stefano
O site Comunique-se soltou a notícia que depois do Blog da Petrobrás, agora a GM do Guarujá está filmando as atitudes da imprensa.
Incomodada por se tornar vidraça, a mídia agora reclama de estar sendo constrangida. É aquele negócio, só a mídia tradicional pode constranger, quer dizer, filmar. Quando o inverso acontece, a filmagem ganha novo nome: constrangimento.
É assim que age a imprensa. Ela vive em seu mundinho paralelo, em seu Estado paralelo onde ela pode tudo e ninguém pode nada. A imprensa pode filmar, mas não pode ser filmada. Pode criticar, mas não criticada. Pode julgar e não pode ser julgada. Caso aconteça, corre alegar estar sendo cerceada na “liberdade da imprensa”. Os destemidos repórteres viram frágeis quando são alvos dos mesmos métodos que usam para observar o outro. Risível, no mínimo.
Isso acontece pois a mídia não se deu conta ainda que não pode viver em um Estado paralelo, onde regras e leis só valem para os outros. Qual o medo de ser filmada? Quem age na legalidade não teme ser filmada.
Até tempos atrás, a mídia batia nas entidades que precisavam dos meios de comunicação para se defender. Com a internet, essas mesmas entidades encontraram seu próprio veículo de comunicação para se manifestar e protestar contra os abusos e absurdos publicados por determinados veículos. O Blog da Petrobrás é um exemplo. Começou a publicar o que os jornalões perguntavam e o que era publicado e, com isso, desmascaravam as tramóias feitas pela imprensa. É só procurar como o Blog da Petrobrás foi alvo de reclamações dos coleguinhas.
Agora, as entidades passam a filmar e documentar o trabalho da mídia. E a mídia – que faz o mesmo – acusa de constrangimento? Neste processo big brother da mídia só restarão os que trabalharem de maneira correta e ética. Seja bem vinda a tecnologia.
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