O anuncio de cortes no orçamento, feito pelo ministro Guido Mantega, provocou uma rápida reação de José Serra questionando a seriedade da decisão, “é para valer? ou é só espuma?’, reagiu.
Parece que Serra esta preocupado com o déficit e na sua austera visão do Estado, procura posar de guardião do superávit primário e do equilibro financeiro.
Guido Mantega convidou o arrogante e pretensioso candidato tucano a se olhar no espelho quando quiser criticar a seriedade fiscal do governo. Com razão o ministro relembrou que Serra, quando ministro de Planejamento de FHC, só fez déficit público e nenhum superávit primário.
“O ex-governador de São Paulo deveria estar feliz por nosso governo estar fazendo superávit primário há sete anos e meio seguidos, ao contrário do governo anterior, do qual ele foi ministro do Planejamento, quando não se fez nenhum superávit primário”, disse na nota.
Para esclarecer o leitor, convém relembrar que durante o primeiro mandato de FHC-Serra, mesmo aumentando brutalmente a carga tributária e as privatizações, o endividamento continuou subindo e o déficit se acumulando ano, após ano, até o balão estourar em 1999.
FHC e Serra foram chorar desesperados no colo do FMI que aceitou salvar o Brasil quebrado pela dupla, mas exigindo que a irresponsabilidade acabasse. Só a partir de 1999 é que essa turma começou a produzir algum superávit primário.
Mas já nesse momento Serra não planejava mais nada, o que lhe permitiu se apossar do trabalho de outros na saúde, mas isso é outra história.
Vamos então refrescar a memória com os números (os dados são do IPEADATA).
A dívida líquida do setor público equivalia a 29% do PIB em 1995, primeiro ano do governo FHC e chegou a 52% do PIB em 2002. Em 2003, quando Lula assumiu o governo, o estoque de dívida pública em relação ao PIB era de 52,13%. Em dezembro de 2009, o endividamento público brasileiro havia caído para 42,32%.
Os gastos do governo, no que toca ao custeio da máquina pública e aos investimentos públicos foram, em média anual, durante o governo FHC, 1,7% inferiores às receitas do governo. No governo Lula, a poupança do governo, isto é, as receitas públicas subtraídas os gastos públicos, foi de 3,43% do PIB, em média anual.
Conclusão, enquanto FHC-Serra endividaram e não pouparam; Lula-Dilma economizaram e reduziram a dívida.
Pior, enquanto FHC-Serra endividavam e não poupavam, o país crescia pouco, tinha pouco investimento público, os servidores e aposentados não obtinham reajustes adequados dos seus salários e os programas sociais não tinham a ambição e o alcance de hoje.
Já com Lula-Dilma… Bom, vocês já sabem, certo?
Luis Favre
Para entender o que é o superávit primário, reproduzo uma nota do blog de Carlos Escossia sobre o conceito. Aqui
Existem muitas bolsas caríssimas que algumas bacanas compram com relativa facilidade e as usam. Tem a bolsa MARC JACOBS CAROLYN CROCODILE, NANCY GONZALEZ PORCUSUS entre muitas outras. Porém a mais cara custa uma fortuna, ou seja, é a BOLSA-FAMÍLIA do Governo Lula feita com o mais puro couro da classe média brasileira.
ResponderExcluirO empenho e habilidade do retator da matéria acima para enganar a população mais carente, é uma coisa ASSUSTADORA!
ResponderExcluirQuem organiza dados desta maneira tendenciosa, aposta todas as fichas, na falta de condição de uma parcela muito carente da população, para fazer uma mera interpretação de texto. Considero até mesmo um ato de COVARDIA!
Interpretar volume de dívida a representar a mesma como percentual do PIB, é um tremendo engodo, porque com este método, se o PIB aumenta, a representatividade percentual diminui. COVARDIA! Para com aqueles que não tem esta percepção.
Comparar o Brasil de quando governo FHC iniciou o primeiro mandato, com o início do governo do PT, não há a menor condição. As dificudades enfrentadas por FHC representariam um palheiro e as do governo do PT, uma agulha. NÃO HÁ COMO TRAÇAR QUALQUER PARÂMETRO.
É preciso dizer a verdade para a população, de maneira simples, para que TODOS entendam, já que desde de o descobrimento do Brasil, ainda não houve um só governo em nosso país, que tenha educado verdadeiramente nosso povo, para proporcionar formação de qualidade e digna.
Para não me estender mais, dívida pública deve ser mostrada da seguinte forma:
Final do governo FHC: R$ 800 Bilhões [arredondado para cima]
Final do governo PT: R$ 1.600 TRILHÃOOOOOOO![arredondado para baixo]
Dívida mostrada com transparência é como acima mencionada.
Hoje: 10/04/2011, a dívida pública do Brasil já é de mais de R$ 2 TRILHÕESSSSSS!
O tal do superávit primário não considera a existência da dívida pública, a qual é a somatória de dívida interna com a externa.