Luciana Otoni
O país poderá encerrar 2010 com o maior PIB per capita dos últimos 30 anos. A avaliação foi feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que indicou ontem que a taxa de expansão da economia atingirá até 7% neste ano. A projeção atualizada para o nível de expansão está sendo calculada pelo Ministério da Fazenda e leva em consideração o intervalo entre 6,5% e 7%. Mantega disse que, se confirmado, esse nível de crescimento será o maior nos últimos 24 anos. E que, da perspectiva do PIB per capita, representará o maior patamar desde 1980.
A previsão definitiva fará parte dos parâmetros macroeconômicos que serão apresentados até o dia 21 e que são usados para ajustar as despesas e receitas do Orçamento de 2010. Na última atualização, feita em maio, o governo ainda mantinha a previsão de alta do PIB em 5,5%, bem inferior às estimativas feitas pelo Banco Central, de 7,3%, do mercado, de 7,2%, e a do Fundo Monetário Internacional (FMI), de 7,1%.
Alterar esse percentual implica rever quase todas as fontes de receita tributária, o que dará nova dimensão sobre os recursos disponíveis, o gasto público e o cumprimento da meta de 3,3% do PIB de superávit primário. Em maio, a Fazenda indicou que a adoção de um percentual mais crível que os 5,5% nos parâmetros macroeconômicos poderia ser feita neste mês, quando as informações sobre o ritmo de expansão da economia estariam mais completas.
O determinante para a elevada taxa de crescimento prevista para o ano foi o desempenho isolado do primeiro trimestre. Na análise de Mantega, houve uma antecipação do faturamento e das vendas. A expansão no primeiro e segundo trimestres, disse, indicará alta média entre 5,5% e 6% para o terceiro trimestre, refletindo um crescimento robusto, mas em bases mais moderadas que a verificada nos três primeiros meses do ano.
Com isso, o ministro avaliou que não há riscos de superaquecimento e que o nível de atividade tende a se acomodar ao longo do segundo semestre. “O crescimento do primeiro trimestre foi uma reação à queda do ano anterior. A economia recuou, depois atingiu um patamar mais elevado e agora se acomoda. Tiramos os estímulos, a economia desacelera e entra num ritmo normal.”
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