Guardar um ou dois reais por mês pode parecer despropositado. Mas a pequena quantia representou para 600 famílias a diferença entre morar em barracos de uma favela e habitar apartamentos de dois dormitórios. Por trás da mudança está o fortalecimento de uma comunidade – que aprendeu com o auxílio de uma ONG a se organizar politicamente.
O operador de empilhadeiras Alexandro Moraes da Silva se lembra de quando ele e sua mulher, grávida de oito meses, foram removidos pela prefeitura de Osasco para a Favela dos Portais, em 2002.
“Mandaram a gente para um lugar no meio da mata. Nós fomos praticamente escondidos aqui”, afirma. Durante a mudança, a Secretaria de Habitação disse que a área havia sido alugada por seis meses – depois as famílias seriam enviadas para outros locais. Mas Érika, a filha de Alex, aprendeu a andar, falar e brincar nas ruelas da favela, sem que nada houvesse acontecido. Continua>>>
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