Abuso de poder

Impossível fugir da evidência de que o Congresso é o retrato da sociedade. Nem melhor nem pior do que ela. Justifica-se, assim, a presença de alguns luminares, tanto quanto de certos lambões, nos extremos.   Da mesma forma, surge clara no meio da massa majoritária a explicação de porque o Tiririca foi o deputado mais votado do país: porque o eleitorado, quer dizer, a sociedade, quis assim.


Ontem, tanto na Câmara quanto no Senado, crescia a indignação por conta da perseguição movida contra o singelo vitorioso por parte do Ministério Público e até do Poder Judiciário. Não tinham nada que submeter o Tiririca a um exame de alfabetização, que por sinal ele cumpriu, mas, pior ainda, à segunda época, exigindo que faça uma redação, como exigência para ser diplomado. Não deveria, o novo deputado, submeter-se a essa nova humilhação, exigida pelo promotor Maurício Ribeiro Lopes. 


A situação lembra os tempos em que, nos Estados Unidos, para evitar os votos da raça negra, exigiam de seus integrantes que resolvessem problemas de álgebra, condição para receberem o  título de eleitor...
Carlos Chagas
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