Futebol

...Brasil na contra mão

Enquanto aqui se discute (e alguns times e a Globoi querem) a negociação individual de cotas de tv, a Europa (Espanha e Itália)  ruma em sentido contrário, ou seja, querem a negociação coletiva (que eles chamam de "fórmula brasileira") para salvar seus campeonatos.  

As federações de Espanha e Itália, países que adotam a negociação individual de cotas de tevê, perceberam que isso está desvalorizando o seu campeonato e vão mudar para a negociação coletiva. A Itália já fará isso na temporada 2011-12 e a Espanha na de 2012-13.

Percebeu-se que este tipo de negociação valoriza apenas os maiores clubes, os de grande torcida, desvalorizando os demais. Na Espanha, Barcelona e Real Madrid arrecadam, sozinhos, o mesmo que os outros 40 clubes da primeira e segunda divisões juntos.

Com mais dinheiro e mais mídia, Barça e Real podem contratar os melhores jogadores, aparecem muito mais na mídia e por isso arrecadam muitíssimo mais com patrocínio de camisa e marketing, ganham mais títulos, cedem quase todos os jogadores à Seleção Nacional e, como resultado disso tudo, têm cada vez mais torcedores – o que gera um abismo eterno entre os dois grandes da Espanha e o resto.

Isso, aparentemente, pode ser ótimo para esses dois clubes, mas tornou o Campeonato Espanhol menos importante do que a Bundesliga, da Alemanha, e o Campeonato Inglês, que adotam a negociação coletiva dos direitos de tevê.

Portanto, ao contrário das intenções de alguns oportunistas dirigentes brasileiros, o caminho que o futebol internacional está perseguindo é o da competitividade, é o de proporcionar a mais clubes a possibilidade de montar boas equipes e assim manter o interesse da competição nacional.

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