...e sai do armário!
Extra: em entrevista exclusiva ao Brasil 247, o deputado Jair Bolsonaro assume sua homossexualidade e pede desculpas ao povo brasileiro. Num depoimento comovente, ele ainda revela que se prepara para desfilar na próxima parada gay
31 de Março de 2011 às 23:14
247 – Primeiro de abril de 2011. Um dia histórico para o deputado Jair Bolsonaro, que acaba de telefonar esbaforido para a redação do Brasil 247.
- Fala, Jair.
- Escrevam aí, para quem quiser ouvir: eu sou gay!
- O quê? Como assim, Jair?
- Isso mesmo. Escondi essa verdade durante 56 anos, mas não dá mais para segurar. É mais forte do que eu.
- Mas o senhor é o orgulho da causa hetero, dos militares, da família brasileira.
- Não, meu amigo. Desde criancinha, eu só ouço Village People e Gloria Gaynor. E só entrei para o Exército para ficar mais perto daqueles corpos musculosos. Aliás, como tenho uma queda por desfiles, vocês podem me esperar na próxima parada gay.
- E tudo aquilo que o senhor disse nos últimos dias?
- Da boca pra fora. Perdão a quem se sentiu ofendido. O que eu quero dizer agora, neste momento lindo, é muito simples: Jean Wyllys, eu te amoooooooooo!
Evidentemente, o diálogo acima não aconteceu.
Todos nós sabemos que o deputado Jair Bolsonaro, nascido em Campinas e eleito no Rio de Janeiro, é aquilo que os cariocas chamam de “espada”.
Perdão, deputado, por qualquer ofensa.
Apenas faz parte da tradição da imprensa mundial, no dia 1º de abril, deixar de lado a verdade factual, por vezes tão dura, e substituí-la por coisas mais leves, mais doces.
Neste primeiro de abril, por exemplo, a rede de televisão CNN noticiou a morte do ator Jack Chan – e era mentira.
Anos atrás, uma publicação científica noticiou que seria possível misturar genes de animais, como a vaca, e de plantas, como o tomate. Também era mentira e a única pessoa que acreditou publicou a matéria do “boimate” na Veja. Isso não lhe causou mal algum – hoje ele dirige a revista.
Mas nós, do Brasil 247, gostaríamos de aproveitar a oportunidade, deputado, para discorrer um pouco mais sobre a verdade e a mentira. E para lhe ensinar que nada dói tanto para um homossexual como a impossibilidade de assumir, diante das pessoas que mais ama, como um pai ou uma mãe, qual é a sua verdadeira orientação sexual.
Isso não se resolve na porrada, como o senhor anda dizendo por aí. Cada um é o que é, e ponto final.
E como queremos lhe homenagear neste primeiro de abril, adicionamos dois clipes, ao final deste vídeo: “Macho Man”, do Village People, e “I will survive”, da Gloria Gaynor.
Ouça e, como diziam as Frenéticas, abra suas asas e solte suas feras, deputado.
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