Isto não é "aparelhamento"?

Aliado político do governador tucano Antônio Anastasia e do novo líder da oposição nacional, senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-deputado Edmar Moreira (ex-DEM, agora PR/MG), foi nomeado vice-presidente da Minas Gerais Participações S.A. (MGI), empresa de economia mista do governo mineiro.

Conhecido como o deputado do castelo - mansão que construiu em Minas - Edmar é o pivô do escândalo que levou à reformulação das regras de uso da verba indenizatória da Câmara dos Deputados. Quando integrava o DEM o parlamentar rebelou-se contra o partido, lançou-se candidato avulso, derrotou um colega demo e se elegeu 1º vice-preisdente da Câmara, tornando-se assim, também, Corregedor-Geral da Casa.

No posto, um de seus primeiros atos foi defender a extinção do Conselho de Ética. Pouco depois, descobriram que ele usava notas fiscais de suas próprias empresas para justificar os gastos com a verba indenizatória concedida pela Câmara, o que levou a uma mudança na sistemática de concessão da remuneração.

No ano passado Edmar obteve 45,5 mil votos, não se elegeu e ficou como 8º suplente de sua coligação. Como, segundo o ditado, quem tem padrinho não morre pagão, apadrinhado por Aécio e Anastasia , Edmar agora é contemplado com um cargo do alto escalão do governo mineiro. Exatamente por uma administração do PSDB, partido que mais acusa o PT de aparelhamento da máquina pública.

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