Reforma política

O PT precisa debater e mobilizar o Brasil pela reforma política
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A Comissão do Senado para a Reforma Política programa conclui seus trabalhos até depois de amanhã (leiam os posts "Comissão prestes a concluir seus trabalhos" e "Batalha decisiva pró-mudanças é na Câmara"), e não temos nada que possamos considerar como mobilização popular pró-mudanças.

Depois, as propostas aprovadas vão para a Comissão de Justiça e plenário da Casa e percorrem idêntica tramitação na Câmara. Mas, vejam, em toda discussão e análise das mudanças continua a se tangenciar o ponto crucial, sem o qual não se consegue uma reforma política avançada e democrática: está fazendo falta a mobilização e a participação da sociedade.

O  tempo corre contra nós. Onde estão as entidades estudantis, as instituições organizadas da sociedade, os movimentos populares representativos da cidadania, que não estão nas ruas defendendo a reforma política? A direita, através dos instrumentos de que dispõem - principalmente a mídia conservadora - já está há tempos mobilizada em defesa da "sua" reforma.

O PT tem que ir para as ruas

Tem que fazer isso já e mobilizar a sociedade organizada que o apoia. E precisa chegar a um acordo com os partidos de esquerda. Aliás, este processo até já se iniciou entre as bancadas, direções e fundações partidárias.

O partido tem que fazer o debate sobre o voto em lista fechada, o financiamento público de campanhas eleitorais, a fidelidade e o fim das coligações proporcionais. As alternativas a essas propostas, tipo Distritão, são as piores possíveis. São ruins para o país e enfraquecem os partidos políticos.

Se não nos mobilizarmos, na prática, teremos uma reforma com uma regressão no sistema político brasileiro. Via distritão, voto distrital, enfraquecimento do voto proporcional reduzindo a representatividade dos eleitos, candidaturas avulsas...Com isto vão eliminar as minorias, enfraquecer os partidos, municipalizar a disputa nacional, fortalecer as oligarquias e o poder econômico.

O PT tem a responsabilidade, obrigação mesmo, de liderar uma mobilização nacional pró-reforma política por ser o maior partido do país, o mais votado há três eleições sucessivas, o partido do governo, e por ter um projeto nacional para o Brasil.

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