Dilma muda o jogo
Eliane Oliveira e Evandro Éboli, O Globo
A presidente Dilma Rousseff imprimiu personalidade própria à sua política externa. A diferença entre a forma como joga no xadrez internacional e a de seu antecessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é que ela deu maior ênfase aos direitos humanos, evidenciada com a mudança da posição do Brasil em relação ao Irã.
Já ficou também claro que ganha força a relação do Brasil com os Estados Unidos - além dessa questão sobre o Irã, a parceria comercial pode ter novos parâmetros.
Há duas semanas, a delegação brasileira votou a favor de uma resolução que prevê o envio de um relator da ONU para apurar denúncias relacionadas ao aumento de execuções de opositores ao regime islâmico fundamentalista e abusos em geral.
Antes mesmo de tomar posse, Dilma já havia sinalizado, em entrevista ao jornal americano "Washington Post", que faria alguns ajustes nessa área, ao declarar ser contra o apedrejamento de mulheres no Irã, duas semanas depois de o Brasil ter votado pela abstenção ante o tema.
Em meados do mês passado, em um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ela não respondeu, quando ele pediu seu apoio para que as Nações Unidas enviassem um relator ao Irã. Poucos dias depois, surpreendeu positivamente os EUA.
- Dilma Rousseff está deixando uma marca própria em cem dias - disse o cientista político e professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Antônio Celso Alves Pereira.
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