Mais empregos e melhores salários

Mais empregos e melhores salários


ImageO momento é bom quando se examinam as questões de geração de renda e emprego. Estudo divulgado nesta semana pelo DIEESE revela que, no ano passado, 94% de 660 pisos salariais vigentes no país tiveram aumento acima da inflação, 2% obtiveram um aumento igual à inflação e apenas 4% dos pisos tiveram perdas salariais reais no período.


A maioria dos pisos teve um aumento entre 2% e 6% acima da inflação. O maior reajuste representou um ganho real de 34,3% acima da inflação e a maior perda de 8,6%. Este é cenário é considerado positivo pelo instituto paulista. E está associado ao comportamento da economia, ao crescimento do PIB e também ao aumento do salário mínimo de 9,68%, além do crescimento do emprego formal. Apenas em 2010, tivemos a criação de 2,8 milhões de vagas formais, segundo o Ministério do Trabalho.


É bom lembrar, porém, que quase 1/3 dos pisos possui valor de até R$ 550,00. Pouco mais da metade atinge R$ 600,00, e apenas 6% são superiores a R$ 1.000,00.


Manter o crescimento
Estes dados sobre dissídios salariais comprovam o quanto o salário médio tem continuar a crescer no Brasil e como precisamos incorporar tecnologia, agregar valor à nossa cadeia produtiva e de serviços.


57% dos empregadores reclamam da falta de mão de obra


De qualquer forma, criar mais de 2,5 milhões de empregos e ter salários acima da inflação já é um extraordinário avanço. Outra prova disso é o estudo Panorama Global do Emprego da Manpower.

3o. no ranking mundial
A empresa de consultoria de recursos humanos fez uma comparação entre 39 países e concluiu que mais de quatro em cada dez empregadores brasileiros afirmaram que vão aumentar seus quadros de funcionários no próximo trimestre. O Brasil está no terceiro lugar do ranking mundial em intenção de criação de empregos.



Segundo o levantamento, as novas vagas estão, principalmente, nos setores de finanças, seguro e imobiliário (58%), construção (47%), serviços (45%), transportes e serviços públicos (43%).


A Manpower, inclusive, havia realizado no mês passado outra pesquisa que alertava para a carência de mão de obra no nosso país, uma das maiores no mundo, atrás apenas do Japão. Cerca de 57% dos empregadores brasileiros reclamam ter dificuldades para preencher postos de trabalho, principalmente, nas áreas de empregos técnicos, engenharia e em funções como motorista, operário e operador de produção.


Mas não devemos nos acomodar. É fundamentalque mantenhamos o crescimento do emprego e da renda dos nossos trabalhadores. Sem isso de nada adianta inflação baixa e estabilidade. É importante, ainda, que tenhamos um esforço nacional na educação e na inovação.
Zé Dirceu