Mais uma que nossa grande mídia e a oposição têm que engolir
Nada mais coerente com a projeção internacional que o Brasil adquiriu nos últimos anos e o novo papel que o país tem o direito de desempenhar no cenário externo, do que a cobrança feita pela presidenta Dilma Rousseff ao receber o presidente do Banco Mundial (BIRD), Robert Zoellick, e reivindicar maior participação dos países emergentes na instituição.
A reivindicação da presidenta insere-se, também, na defesa permanente que o Brasil faz de reformas nas instituições multilaterais, como o próprio BIRD, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização das Nações Unidas (ONU), para que o Brasil e os demais países emergentes desempenhem ali o papel que conquistaram de fato no novo cenário político e econômico mundial.
Tão importante quanto os posicionamentos externados pela chefe do Estado brasileiro foi a revelação do presidente do Banco Mundial, de que nas recentes conversações que manteve no G-8 (semana passada, em Deauville - França) com os chanceleres da Tunísia e do Egito, aconselhou que os países do Norte da África, aproveitando o processo de democratização decorrente das rebeliões populares na região, adotem o programa Bolsa Família.
Muito boa, também, a resposta da presidenta Dilma à essa questão. Ela considerou que a utilização de todo o potencial agrícola da África é uma atitude mais eficiente do que adotar políticas de controle de preços para os alimentos. Prontificou-se, ainda, a ajudar nesse esforço, lembrando que um bom caminho a ser seguido pelos países africanos pode ser o nosso modelo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).
Realmente esta pode ser uma excelente política para a África produzir alimentos. Se implementada, e mais, se mostrar-se viável também a adoção do Bolsa Familia pelos países do Magreb (Norte da África) e árabes, temos aí uma indiscutível vitória - mais uma - do ex-presidente Lula e do PT. Mais uma que nossa grande mídia e a oposição têm que engolir.
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