Você e teu carro tem história. Elas vão na lembrança, mas sempre chega a hora de encontrar um novo companheiro de estrada. Tão difícil quanto a decisão de se desfazer dele é saber como fazer um bom negócio na venda. Para isso, muita pesquisa e conhecimento do veículo serão necessários.
Segundo o empresário Michael Oliveira, autor do livro “O Segredo dos Carros”, é perigoso se arriscar numa venda se você não tem noção do mercado. “Vender um carro não é um processo tão simples quanto parece, sempre existe o risco de levar um golpe, porque quem compra quer pagar o mínimo, principalmente numa revenda. Converse com amigos, parentes e até conhecidos que entendam do assunto”, recomenda.
Uma pesquisa bem feita pode lhe render base para negociação. Sites e fóruns na internet são ricas fontes de informação, de acordo com o empresário. “Mas a primeira coisa que aconselho é entrar no site da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para ver o quanto, em média, estão pedindo pelo carro que você está vendendo”, complementa.
Vender o carro para um particular pode ser mais vantajoso, diz Oliveira, mas também será mais trabalhoso. “Se você quer comodidade, vá a uma concessionária, mas saiba que ela existe para ganhar dinheiro, é conveniente, então, desvalorizar o seu carro, para lucrar com isso depois. Se você tem um carro automático, por exemplo, a concessionária vai alegar que brasileiro não gosta de carro automático e, na hora de revendê-lo, vai dizer que o carro tem a vantagem de não ter que trocar de marcha”, compara ele, arrematando outro exemplo: “As concessionárias adoram dizer que carro branco não é muito requisitado, mas se sabe, hoje, que a cor é a maior tendência no mercado”.
Se você quer se desfazer de seu carro popular, saiba que tem grandes chances de fechar um bom negócio. “Os populares são mais valorizados do que os luxuosos. ‘São um cheque na mão’, como diz a gíria, vendem muito rápido. Para se ter ideia, um carro de luxo desvaloriza cerca de 20% em um ano e um popular, entre 3% e 5%”, estima ele.
A “fama” do automóvel também tem influência no valor de mercado. O empresário ensina que, se um determinado veículo ou até mesmo veículos de uma determinada marca são conhecidos por dar problemas facilmente, sua má fama vai jogar seu valor lá embaixo. “Os carros japoneses, por exemplo, são bastante resistentes e não quebram com facilidade. Na hora de venda, eles conseguem alcançar um preço melhor”, diz.
Alguns cuidados no momento de apresentar o carro ao seu potencial comprador, seja uma concessionária, revenda ou particular, podem ajudá-la a na negociação. “A pior coisa que a pessoa pode fazer é levar o carro sujo, com pneu careca, parachoque arranhado. Você pode gastar o mínimo com ele, conseguir agradar o comprador e repassar por um valor maior. Dê uma boa lavada nele, um polimento, troque os pneus, conserte aquela lanterna quebrada ou o arranhãozinho, são reparos baratos, mas vão fazer uma grande diferença”, orienta ele, que faz uma ressalva: “Mas não lave o motor, porque pode danificar a parte elétrica”.
Numa revenda ou concessionária, alguns itens ganham atenção especial durante uma avaliação. “Quilômetragem baixa e original é muito valorizada, e eles têm como checar se não foi adulterada. Eles olham se o carro é ‘lacrado’, ou seja, se nunca se envolveu numa colisão. O valor de um veículo batido é reduzido em 15%, 20%. Já um carro de leilão vale de 20% a 30% menos. O avaliador vai andar no seu carro, procurar barulhos, olhar por baixo, mexer na suspensão, enfim, preencher a lista de requisitos e dizer ‘O máximo que eu posso pagar é tanto’”, explica o autor.
Com essas informações, você já está preparada para pode pegar a trilha certa. Então, boa venda!
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