por Carlos Chagas
É conhecida mas merece ser recontada a história do Zezinho e do Juquinha, dois peraltas acostumados a pular o muro do quintal de dona Mariquinhas para roubar goiabas. Dispunham os dois meninos de uma defesa prévia sempre que prestes a ser acusados do roubo das frutas: “Foram os comunistas...”
O tempo passou, os comunistas também, Juquinha e Zezinho cresceram, mas outros pimpolhos ainda invadem o quintal da velha senhora, só que agora com outra argumentação: “Foi o Cachoeira...”
O meliante está recebendo o que merece, mesmo ficando no ar a indagação: “Só ele?”
No universo de corrupção que nos assola, existem bandidos muito mais eficazes do que o Cachoeira. Assim como empreiteiras bem mais espertas do que a Delta Engenharia. E parlamentares capazes de receber não apenas geladeiras e fogões de presente de casamento, como Demóstenes Torres, mas fazendas, mansões, ações de empresas, milhões de dólares e capacidade para indicar altos funcionários e até ministros. Estão todos felizes, porque, afinal, “foi o Cachoeira”...
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