Cobras e lagartos – disputa empresarial – em um processo judicial conturbado, Inocêncio Coelho, ex-sócio de Gilmar Dantas (*) no IDP – Instituto Brasiliense de Direito Público – acusa o ex-Supremo Presidente Supremo de “desvio de dinheiro e sonegação” de impostos.
O título da capa é sugestivo: “Fraude na escolinha do professor Gilmar”.
Fraude. Sonegação. Desvio.
Desvio de conduta, também, porque um Ministro da Suprema Corte não pode ser empresário – só pode ser professor.
Tudo pronto para um impeachment !
Está tudo lá na estarrecedora reportagem de Leandro Fortes, que já tinha identificado as impressões digitais da Globo nas operações do Carlinhos Cachoeira.
A história que Leandro conta essa semana mostra que Inocêncio Mártires Colho, último Procurador da República do regime militar, entrou na Justiça contra Gilmar, porque:
- Gilmar atacava o cofre da empresa sob a alegação de que precisava custear festas familiares e fazia retiradas significativas;
- atacava o cofre na esperança de cobrir depois, com “acertos futuros”- o que jamais acontecia e, portanto, praticava o que se chama de “evasão fiscal”;
- Gilmar queria uma “vantagem diferenciada” na empresa, porque se cansou de ser o “garoto propaganda” do IDP;
- será que isso explica a obsessão pelos holofotes da Globo, essa “vantagem diferenciada”?;
- apavorado com o processo judicial do ex-sócio, Gilmar contratou o segundo advogado mais poderoso do Brasil – Sergio Bermudes, aquele que aparece no processo de impeachment que o Dr Piovesan movia e move contra Gilmar (o primeiro é Marcio Thomaz Bastos, cujo escritório move, em nome de Daniel Dantas, uma ação contra Mino Carta);
- da Alemanha, na edificante companhia do amigão Demóstenes Torres, Gilmar conseguiu “trancar” o litigio com Inocêncio e submete-lo a um providencial “segredo de Justiça”. Viva o Brasil !
- segundo auditoria contratada no litígio, as “remunerações extras” – eufemismo usado pelos auditores para se referir a “retiradas ilegais” – do ex-Supremo chegavam a 14% (!) da receita bruta – não há negocio capitalista que resista a tal voracidade;
- eram pagamentos “feitos por fora”, ou seja, sem recolhimento de impostos
Os sócios fizeram um acordo para encerrar o litigio judicial.
E ministro (ou ex-Ministro) do Supremo “indenizou” Inocêncio em 8 milhões e um Real – onde um ministro do Supremo consegue esse dinheiro, Ministro Celso de Mello, decano da Casa ?
Onde ? Onde um Ministro do Supremo levanta R$ 8 milhões ?
Leandro Fortes já demonstrou de forma irrefutável – e por isso mereceu ações judiciais movidas pelo ex-Ministro Supremo do Supremo – que o IDP só existe porque:
- recebeu um terreno do notável governador de Brasília, Joaquim Roriz, outra Catão do Cerrado, com um desconto camarada de 80%;
- e obteve um empréstimo no Banco do Brasil do fundo de “para estimular a produção em zonas rurais”.
Quanto tempo dura Gilmar no Supremo ?
Ministro Ayres Britto, o senhor permitirá que este
“empresário” se sente ao seu lado e vote o mensalão ?
É este o Catão de Mato Grosso que denunciou a chantagem do Nunca Dantes – chantagista que ele não processou ?
Ele pode continuar a “desonrar a Magistratura”, como previram dois brasileiros íntegros, Joaquim Barbosa e Dalmo Dallari ?
A reportagem de Leandro Fortes deveria ser dedicada a Fernando Henrique Cardoso.
Paulo Henrique Amorim
A VIDA É BRINCALHONA
ResponderExcluirBRINCA DE ALEGRIA E TRISTEZA
BRINCA DE SAÚDE E DOENÇA
BRINCA DE ESPERTO E BOBO
BRINCA DE SUBIR E DESCER
BRINCA DE ENTRAR E SAIR
BRINCA DE IR E VOLTAR
BRINCA DE BATER E APANHAR
BRINCA DE ACREDITAR E DESACREDITAR
BRINCA DE COMER E PASSAR FOME
BRINCA DE SER EDUCADO E SER MAL EDUCADO
BRINCA DE FICAR EM PÉ E FICAR SENTADO
BRINCA DE RECEBER E DAR
BRINCA DE SER HONESTO E SER DESONESTO
BRINCA COM A ESCOVA DA MENINA E ELA BRINCA COM O CABO DO MENINO
A NATUREZA BRINCA DE VIVER E MORRER
DEMOS MUITO MAIS PESO PARA CARREGAR NESTE MALUCO MUNDO DE NINGUEM.