Nota da UNE


Em nota oficial a UNE afirma ser alvo “porque participa da luta democrática para romper o monopólio que meia dúzia de famílias exerce sobre a comunicação no Brasil. A UNE está na mira porque demonstra a necessidade de imediata regulação das responsabilidades dos meios de comunicação. É importante deixar claro, em respeito a todos os que acompanham a nossa trajetória de 75 anos de vida, que a UNE não cometeu irregularidades e não é alvo de investigações de nenhum tribunal de contas. Se, o pedido de investigação feito pelo procurador do ministério público junto ao TCU apontar qualquer equívoco em nossa prestação de contas, – não há provas de que tenha ocorrido – será fruto de imperícia técnica, mas nunca de má fé”. Diz ainda que, se for constatado qualquer problema, devolverá o dinheiro.

A UNE também cobra “responsabilidade na veiculação e análise das informações e esclarecemos que a compra de alguns itens de vestuário foram feitas para a construção de instalações (artes visuais) e para o figurino de peças de teatro, atividades da Bienal da UNE, o maior festival estudantil da América Latina”. As matérias e editoriais, embora longos, não esclarecem questões como essa, o que passa a ideia de que a UNE estaria gastando dinheiro público para práticas religiosas do candomblé.

Quanto às notas fiscais supostamente irregulares, a entidade nacional dos estudantes brasileiros explica que o processo de contratação foi feito via pregão eletrônico, por meio da empresa “Terceiro Pregão”, especializada em licitações para o terceiro setor. “A UNE cumpriu a sua parte contratual. Caso tenha ocorrido qualquer irregularidade por parte das empresas contratadas, a UNE apoia a investigação do ocorrido e a adoção de medidas legais cabíveis”.

A UNE fez bem em divulgar a nota e não deve esmorecer na luta pela democratização nas comunicações no país. Como diz a nota, ela tem tradição de 75 anos nas lutas democráticas. Os jornalões já não podem dizer o mesmo. Não podemos esquecer das relações carnais entre boa parte da chamada “grande imprensa” e a ditadura militar instalada no Brasil em 1964.

Nenhum comentário:

Postar um comentário