Mãe
Renovadora e reveladora do mundo.
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos, não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos, não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.
Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles que procuras imitar.
Tens o dom divino de ser mãe.
Em ti está presente a humanidade.
Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles que procuras imitar.
Tens o dom divino de ser mãe.
Em ti está presente a humanidade.
Mulher, não te deixes castrar.
Serás um animal somente de prazer e às vezes nem mais isso.
Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
Tumultuada, fingindo ser o que não és.
Roendo o teu osso negro da amargura.
Serás um animal somente de prazer e às vezes nem mais isso.
Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
Tumultuada, fingindo ser o que não és.
Roendo o teu osso negro da amargura.
Cora Coralina - Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas -, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985) poeta e contista brasileira. Produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás. Começou a escrever aos 14 anos, mas, publicou seu primeiro somente com 76 anos.
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