Nas suas enxutas 144 páginas, arrumadas em apenas duas semanas numa edição modesta da combalida editora do autor, a denúncia de Bones é um oportuno dique de contenção e reflexão contra a maré triunfalista de uma imprensa caudalosa nos elogios sem freios à Suprema Corte que julga a enxurrada de falcatruas da quadrilha do mensalão.
Existe corrupção e existem juízes em Brasília, como prova o STF. Mas também existe corrupção e faltam juízes em Porto Alegre, como lembra Bones, vítima do mais persistente, inclemente, longo processo judicial contra a liberdade de expressão no país. Não existe paralelo de uma ação tão prolongada da Justiça contra um órgão de imprensa no Brasil pós-ditadura de 1964, tudo isso sob o silêncio continuado da mídia e a inércia complacente de juízes.
É um absurdo contraponto de mutismo e omissão em Porto Alegre ao espetáculo de estridência e protagonismo que se escuta e vê em Brasília. A mídia e a justiça estão lá e cá, em campos opostos, emitindo sinais contraditórios sobre seus papéis. Cumprem bem seu ofício na capital brasileira e fazem muito mal (ou não fazem) o seu trabalho na capital gaúcha. Leia mais>>>
Crer ou não crer, eis a questão?
ResponderExcluirA crença que milhões de habitantes deste planeta carregam em suas mentes não estes relacionados com aquilo que ele acredita ser real ou verdade. Essa crença é como torcer por um time de futebol, com certeza, algum dia, alguém de tanto falar e afirmar que este é o melhor que aquele, o ser ainda em formação acaba acreditando nesse sofisma. Pôr isso, muitas pessoas que se dizem acreditar num ser superior, foi sugestionada pôr alguém, em algum tempo e em algum lugar. A leitura também faz com que o indivíduo acredite que ele esteja bem informado dos assuntos abordados neste ou naquele jornal, revista, livro e assemelhados. No entanto, na realidade esse conhecimento não condiz com aquilo que ele pensa, mas ele pensa que esta pensando corretamente, mas na realidade ele não esta pensando. É cruel, mas é verdade verdadeira dos fatos que nos cercam no cotidiano. Abraços pensantes a todos aqueles que pensam que pensam! Porém pensar é indolor, incolor e inodoro, não custa pensar gente pensante!
Marco Antônio Leite