De Vargas a Dilma: o parto de um novo ciclo

Assim como as vantagens comparativas na economia, a relação de forças na sociedade  não é um dado da natureza, mas uma construção histórica.  

Ao afrontar o gesso das vantagens comparativas  nos anos 30 e depois, em 50, Vargas alterou o equilíbrio político da sociedade. Mas não tão sincronizado assim, nem tão solidamente assim, como se veria em agosto de 54. 

A seta do tempo não se quebrou. 

Estamos outra vez  diante de uma esquina histórica.  

A exemplo daquela enfrentada por Getúlio nos anos 50,  a dobra seca está cercada de desafios e potencialidades interligados por uma relação de forças  igualmente  frágil. 

Mutatis mutandis, trata-se de inscrever no Brasil do  século XXI  uma revolução de infraestrutura e fomento industrial de  audácia e desassombro equivalente  a que Vargas esboçou há 58  anos. Não se faz isso a frio. Sobretudo, não se faz com o acanhamento e a palidez diante de palavras como 'engajamento', 'mobilização' e 'pluralismo midiático' 

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