A tesouraria é o forte apache do capitalismo desregulado. E o centro logístico da oposição conservadora no Brasil. Tesouraria é o espaço físico. O departamento que cuida de maximizar os ganhos do capital a juro. Mas também é a palavra símbolo de uma lógica que disputa a hegemonia na política econômica.
O conjunto movimenta riquezas apreciáveis. Fundos de aplicações financeiras registraram um giro de R$ 2,4 trilhões no Brasil em 2012. Não é um país à parte, embora se avoque mordomias e imunidades que o governo Dilma decidiu cortar para induzir um ciclo de investimento com maior justiça social. Um país que o Brasil nunca foi de verdade.
O que está em jogo não é algo trivial. Aconteceu antes nos anos 30/40, quase como uma revolução burguesa à revelia das elites; foi feito pela metade nos anos 50; reprimido em 64; ordenado ditatorialmente contra o povo nos anos 70 e terceirizado aos mercados nos anos 90. Trata-se de mudar as condições de financiamento da economia. E os objetivos do desenvolvimento.Por trás dos ganidos emitidos pela mídia há um cachorro grande a latir grosso: o forte apache das tesourarias.