Médicos brasileiros e suas entidades não deviam mentir sobre os médicos e a medicina cubana


Aqueles que não concordam com o programa Mais Médicos do governo federal têm todo o direito de propor alternativas e de pressionar nas ruas e no Congresso Nacional. Agora, o que eles não podem é mentir sobre a medicina em Cuba, como vem acontecendo.

Para contribuir com o debate, publico alguns dados lembrados pelo amigo Max Altman sobre a medicina na Ilha. Reconhecida internacionalmente, ele lembra, por exemplo, que governos de 65 países recebem médicos cubanos, “cujos povos, seus governantes e os respectivos sistemas de saúde não cessam de agradecer”.

Cita também dados importantes, como baixo índice de mortalidade infantil na Ilha (4,5 por mil nascidos) e a alta expectativa de vida ao nascer da sua população: 78 anos de idade para homens e 80 para mulheres. Em termos de conquistas recentes em matéria de saúde, Altman cita algumas:

“Imunização das crianças mediante vacinas contra 13 enfermidades preveníveis, diminuição do impacto dos níveis de infestação provocados pelo Aedes Aegpyti, logrando reduzi-los  cada vez mais a  níveis epidemiológicos permissíveis (0,05), sem cessar o trabalho nesse sentido, bem como erradicação de 13 enfermidades, graças ao programa de imunização, produzindo no país 95 % das vacinas necessárias”.

Além disso, lembra que Cuba obteve valiosos resultados nos programas de trasplantes de órgãos e na luta contra diferentes tipos de câncer, reduzindo a mortalidade pela primeira vez na história desta afecção. Outras conquistas notáveis foram a realização de cerca de um milhão de intervenções cirúrgicas; e de 80,7 milhões de consultas nas instituições de saúde, dois milhões mais do que o planejado.

Já em relação à indústria farmacêutica, Cuba produziu novos medicamentos em seu polo científico, melhorando a qualidade de vida dos enfermos. “Um deles – explica Altman - o Heberprot-P, para o tratamento da úlcera do pé diabético, único de seu tipo no mundo, beneficiou mais de 90 mil pacientes, entre eles 16 mil são cubanos”. Ele também aponta que Cuba prioriza a formação de pessoal médico e matriculou em 2012 mais de 93 mil estudantes - 14 mil estrangeiros.

Em suas palavras, “essas são algumas poucas verdades em materia de saúde pública que não podem ser manipuladas, ainda que os inimigos de Cuba as ignorem deliberadamente”.

Max está coberto de razão. Aliás, os dados da OMC e da UNICEF sobre a medicina cubana são a prova da qualidade da saúde e da educação no país. E tudo isso, apesar do bloqueio criminoso repudiado pelas Nações Unidas - com exceção dos Estados Unidos, Israel e de mais três países.

por Zé Dirceu

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