Há quatro anos, no dia 19 de agosto de 2009, Marina Silva deixou o PT

É cedo para sentenças definitivas. Por ora, cabe dizer, como já disse uma vez Carta Maior, que a agenda ambiental  do  PT  não ganhou com a saída de Marina Silva. E Marina ainda precisa provar que a ruptura fortaleceu a agenda ambiental no país. Neste domingo, Marina concedeu entrevista à Folha, saudada por colunistas do jornal como um passo a mais em sua inflexão ao ideário neoliberal. Carta Maior tem insistido que o ambientalismo precisa decidir se quer ser  um guia de boas maneiras do  'capitalismo sustentável'; ou  um projeto alternativo à lógica desenfreada da exploração da natureza e do trabalho. A arguição de fundo recai sobre o que o projeto da Rede entende por sociedade sustentável e justa. Em que avança Marina Silva, quatro anos depois da ruptura? Pode-se cunhar de ‘amadurecimento', como o faz a Folha, o ensaio de adesão a um neoliberalismo,  cujo empenho específico em evitar que a humanidade seja jogada a um ponto de não retorno no século 21,  é agora alardear as virtudes do não-crescimento? Não crescimento em si é o que estamos assistindo há cinco anos, na maior crise do capitalismo desde 1929. A experiência histórica sugere que a qualidade da vida no planeta não melhora quando o sistema congela, a ponto de dispensar   o ecoliberalismo de responder as perguntas: não crescimento para quem; como e a que custoLEIA MAIS AQUI