Tanto como o lobismo, que puxa brasa para interesses setoriais e se lixa para o país como um desafio conjunto, o corporativismo irresponsável parece destinado a infringir golpes contundentes ao grosso da população desorganizada que até há pouco alimentava uma maioria silenciosa e conformada.No mesmo momento em que o comandante da PM fluminense decide"anistiar" seus subordinados para lavar a alma da corporação, o governo federal sofre um grande revés ao constatar que os médicos inscritos para o programa de interiorização da saúde não querem nem passar perto dos 700 municípios que não contam com um único profissional para auscultar as batidas dos seus corações.É como se cumprissem ordens superiores e fim de papo. Sem a parafernália onerosa que fatura os tubos com a indústria da doença não tem conversa. Profilaxia é prejuízo certo aos interesses espúrios que dominam a área. E ai de quem embarcar nessa. A cúpula mercantilista tem vacinas em doses cavalares para qualquer surto anti-corporativo.O desafio do "bode expiatório"Há semelhanças indisfarçáveis nas duas situações. Para o coronel Erir Ribeiro Costa Filho a Polícia Militar estava virando bode expiatório de políticas equivocadas de governo, geradoras, estas sim, da insatisfação que mexeu com a autoestima da população.Numa entrevista coletiva foi às lágrimas para dizer que seus subordinados também eram seres humanos e não tinham como não se exceder nos confrontos com manifestantes indignados. E para polemizar com a mídia por divulgar seus excessos. Isso, embora os policiais historicamente não tenham o menor preparo para lidar com protestos: no asfalto, usam balas de borrachas; na favela vão mais longe e atiram para matar ou dão sumiço a suspeitos sem dó nem piedade.Profissionalismo de "mercado"Já os médicos das safras recentes parecem ter optado pela profissão por ser a que oferece maiores oportunidades de ganhos - daí, inclusive, a opção por especialidades onde podem ter maior retorno financeiro. Como se sabe, num país onde as faculdades públicas se tornam cada vez mais excludentes (a não ser pelas cotas)a carreira é a que tem maior número de candidatos por vagas nos vestibulares (127, contra 18 de odontologia, 12 de enfermagem e 10 de nutrição na Unicamp).
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