Os cubanos e a doença no Brasil

Eles desembarcaram há quatro dias apenas. Nem começaram a trabalhar. Mas alguma coisa de essencial já foi diagnosticada entre nós com a sua presença. Uma foto estampada na Folha de SP desta 3ª feira, sintetiza a radiografia que essa visita adicionou ao diagnóstico da doença social brasileira. Um médico negro avança altivo pelo corredor polonês que espreme a sua passagem na chegada a Fortaleza, 2ª feira. O funil mobiliza jovens de jaleco da mesma cor alva da pele. Uivam, vaiam, ofendem o visitante. Recitam o texto inoculado diuturnamente em suas mentes pelas cantanhêdes, os gasparis e assemelhados. É questão de justiça creditar-lhes a paternidade da linhagem capaz de cometer o que a foto cristalizou para a memória destes tempos. "Escravo!" "Escravo!" "Escravo!", ecoa a falange, programada para que um dia pudesse cumprir esse papel, entre outros ainda mais letais. Os alvos da fúria deixaram família, rotinas e camaradagem para morar e socorrer localidades das quais nunca ouviram  falar. Mas a maioria dos brasileiros também não. Com o agravante de que ali jamais pousarão os pés. Coisa que os cubanos farão. Campos Alegres de Lourdes, Mansidão, Carinhanha, Cocos, Sítio do Quinto, Souto Soares... Quem conhece esse Brasil? Houve tempo em que essas expedições a um Brasil distante do mar eram feitas por brasileiros, e de classe média, como a Coluna Prestes, os Villas Boas, as Caravanas do CPC, nos anos 60. Onde foi que a seta do tempo se quebrou? Tem conserto? 
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