Cid - o PSB sair do governo Dilma agora é oportunismo

Cid Gomes - governador do Ceará - pensa que Eduardo Campos - dono do PSB - não será candidato a presidência ano que vem. 

"Ele não reúne no momento a mínima condição objetiva para ser candidato a Presidência".

Já fora do PSB, , Cid comparou a conjuntura atual à da sucessão passada. Afirmou que o PSB viveu drama análogo. “Havia os que defendiam a candidatura própria, que era a do Ciro. E havia os que diziam: ‘é melhor a gente reforçar os projetos nos Estados.” Prevaleceu a segunda alternativa. O governador aprofundou a comparação: 

“Ciro tinha 18% nas pesquisas, Eduardo Campos tem 4%. Mais: era o fim do ciclo do Lula. Portanto, nós estávamos mais ou menos a cavalheiro para iniciar um novo ciclo, com o nosso projeto. A Dilma está no meio. Participamos até hoje, os dois ministros [do PSB] ainda estão lá no governo dela. A gente vai, numa hora como essa, sair? E num momento que a gente vê que tem certa complicação. Isso pra mim passa uma ideia de oportunismo!” 

Cid relatou encontro que teve com Dilma. Deu-se há duas semanas, no mesmo dia em que a Executiva do PSB decidiu desembarcar do governo federal. “Acabou a reunião, recebi um telefonema dizendo que a presidente queria falar comigo. No encontro que tive com ela eu disse: presidenta, insista com o Eduardo, tenho certeza que ele não tem segurança de que o melhor para ele é ser candidato. [...] Insista com ele, acaricie, dê carinho, todo mundo gosta disso.”
Segundo o relato de Cid, Dilma lhe disse que iria pensar. Viajou para os EUA sem receber de volta os ministérios controlados pelo PSB –Integração Nacional e Portos. “Foi uma sugestão que eu dei pra ela.” A despeito de apoiar a candidatura reeleitoral de Dilma, Cid não cogitava deixar o PSB. Alega que “houve um gesto de hostilidade.”
Uma delegação do PSB foi ao Rio de Janeiro para convidar Luizianne Lins (PT), adversária dos irmãos Cid e Ciro Gomes, a ingressar no partido e disputar o governo do Ceará em 2014. Em telefonema a Eduardo Campos, Cid se queixou e disse que teria sido mais simples pedir que ele saísse da legenda. O interlocutor respondeu que não sabia do convite feito a Luizianne. E Cid: “Sinceramente, não acreditei.”
Nesta terça, Cid reúne seu grupo político para decidir a que partido irão se filiar. São duas as opções: o novíssimo Pros e o tradicional PDT. Durante a entrevista, Cid discorreu sobre as vantagens e as desvantagens de cada opção. Mas recusou-se a antecipar qual deve ser a deliberação. Deputados federais do grupo do governador afirmam que a maioria deve optar perlo Pros.
Josias de Souza

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