É o que afirmou João Santana - responsável geral pelo marketing -, em palestra para secretários de comunicação do aliado PC do B. Ele insinuou algumas estratégias que serão adotadas durante a campanha.
por Fernando Brito no Tijolaço
Ele explicou, por exemplo, que o conceito de “mudança” está sendo manipulado pela oposição e por analistas da mídia. Explicou que, por trás do termo mudança, há vários filtros: econômico, social, político, partidário, atitudinais, oferta eleitoral.
Esta é a razão, disse Santana, pela qual analistas de mídia não entendem porque o eleitorado quer mudança e ao mesmo tempo diz “estar satisfeito com sua vida” e vota em Dilma.
“O sentimento de mudança é inerente à humanidade”, observou o publicitário. Todo mundo quer mudar, mesmo quem está bem.
Ao ser cobrado pelos participantes sobre se o governo pensa em incluir o tema da democratização da mídia na campanha, Santana ressalvou que não tem “legitimidade política” para responder a essa pergunta, mas admitiu que ficaria “surpreso” se o tema não entrasse, porque o entendimento “hegemônico” na cúpula, incluindo a própria presidenta, é que se trata de um assunto que precisa ser abordado. Lembrou que o ex-presidente tem falado cada vez mais nesse tema, e a própria presidenta já tem mencionado o assunto de vez em quando.
Santana explicou também que a recente propaganda do PT, que tanta polêmica gerou por explorar o sentimento do medo, não será o mote da campanha de Dilma. “Temos o que mostrar”, revelou o publicitário.
Os participantes cobraram fortemente que a campanha da presidenta seja mais próxima das ações espontâneas da internet. Uma das reclamações é a demora da campanha em responder a ataques que a militância identifica rapidamente na internet.
A precariedade da comunicação governamental também foi duramente criticada pelos participantes, tanto diretamente, em perguntas a João Santana, quanto nos bastidores, no café e no almoço. Santana admitiu que o governo falhou neste campo.
Ele assegurou que haverá mais proximidade entre a campanha central de Dilma e a militância na internet. “Temos uma militância na internet muito mais autêntica que a oposição”, lembrou Santana.
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