Artigo de Cesar Maia no Ex-blog

Nos últimos dias de campanha, muita, muita coisa ainda pode mudar nessa eleição atípica

A campanha fria, a proporção dos que mesmo tendo marcado intenção de voto afirmam que podem mudar, os que dizem votar em branco/nulo ou se abster, o impacto de fatos novos e a reversão dos mesmos, enfim, todo este conjunto que tem caracterizado a presente eleição, mostra, que tudo –ou quase tudo- é possível nesses últimos dias.

A começar pela taxa de não voto (branco-nulo-abstenção): quanto será? As flutuações nas pesquisas mostram que o eleitor aponta seus preferidos de forma displicente. O impacto Marina gerou duas curvas: uma de imediata, ascendente, e outra em seguida descendente.

Os que concluem que se tratou da propaganda negativa contra ela se equivocam. Ela afirmou em 2010 seu nível de voto e nenhum fato novo ocorreu sobre ela que se pudesse imaginar mudança desse patamar.

As acomodações se dão muito mais pela baixa adesão dos eleitores em geral a seus preferidos. O controle das máquinas de governo produz uma adesão maior de eleitores de seu entorno, por pragmatismo.




As flutuações levam candidatos a flutuarem sua comunicação também. Um equívoco, pois ajuda a insegurança do eleitor e reforça a ideia que é melhor não mudar nada. Deixar como está para ver como é que fica.

Em nível parlamentar –deputados e senadores- tudo pode acontecer. Com exceção de no máximo uns 20% das vagas garantidas pelas máquinas e pelos recursos financeiros, as demais vagas ainda estão em jogo.

Isso aponta para uma reta final ou boca elástica de urna, em que eleitores realmente decididos terão bem maior capacidade de influência. E as “colinhas” entregues por pessoas, referentes das pessoas, terão um peso maior que nunca.

Agora é ir ao boca a boca –físico e eletrônico.

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