Em delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, denunciou que o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra (PE) recebeu propina de R$ 10 milhões para que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras em 2009 fosse desbaratada.
Sérgio faleceu no início deste ano, aos 66 anos. Na época da negociação, Guerra era senador por Pernambuco e fazia parte da comissão de investigação da Petrobras.
De acordo com informações de Paulo Roberto Costa, empresas ligadas à Petrobras temiam prejuízos com a CPI e tinham o objetivo de encerrar de imediato as investigações por ameaçar o andamento de seus negócios. O ex-diretor da estatal informou também que acredita que Guerra tenha recebido a propina em 2009, pois nunca mais foi procurado para falar a respeito do caso.
À época, a comissão investigava irregularidades nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. As suspeitas acabaram sendo investigadas pela Polícia Federal, durante a Operação Lava Jato, em março deste ano. Paulo Roberto Costa informou que a propina foi paga pela Construtora Queiroz Galvão. Costa informou ainda que o dinheiro recebido por Guerra seria utilizado para a campanha de 2010.
É importante ressaltar que Sérgio Guerra foi um dos principais representantes do PSDB e não é a primeira vez que o seu nome vem à tona em assuntos polêmicos. Filiado ao PSDB desde 1999, ocupou a Secretaria Extraordinária do governo de Jarbas Vasconcelos em Pernambuco, já foi senador pelo PSDB em 2002 e assumiu a coordenação nacional da campanha presidencial de Geraldo Alckmin, em 2006, e Serra, em 2010. Guerra assumiu a presidência do PSDB em 2007, substituindo Tasso Jereissati. Seu nome está ligado à CPI dos Anões do Orçamento, sendo ele um dos integrantes do esquema da corrupção que desviava verbas do Orçamento da União.
Ao contrário do que era feito antigamete, hoje as corrupções são investigadas e os culpados são punidos, doa a quem doer. Mas não é bem asssim que acontece no modelo tucano, em que corrupção é sinônimo de impunidade, como o escândalo da Pasta Rosa, mensalão tucano e trensalão.
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