Ao aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25% (de 11% para 11,25% agora) e criar a expectativa aplaudida pelo mercado de uma nova alta em dezembro, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) inicia um processo de ajuste que espera ser acompanhado pelo poder Executivo com corte de gastos. Isso levará, tudo indica, a um agravamento do baixo crescimento. E provavelmente à recessão com todas as conseqüências que o Brasil e o mundo conhecem.
Fora o aumento do custo da dívida pública, com suas consequências nas contas públicas e no câmbio. Além de mais ganhos para o capital financeiro externo e mais valorização do real…ou seja, tudo o que o país não precisa. E nem é só isso, traz mais, traz também queda da arrecadação e aumento do serviço da divida.
Nossa autoridade monetária impõe, assim, um torniquete que impede o crescimento e leva sempre a queda do emprego e da renda. Tudo feito na expectativa de que o mercado reaja positivamente com mais investimentos diante dos custos do salário mais baixos e que aumente as exportações…A conferir.
A alternativa continua a ser fazer a reforma tributária e sustentar a atual política de distribuição de renda e ampliação do mercado interno, aumentando as exportações regionais e abrindo novos mercados com uma nova política de comércio exterior. Uma nova ofensiva comercial que funcione apoiada numa política tributaria favorável as exportações, na modernização da logística e no financiamento via criação de um indispensável Eximbank. E que se mantenha, ao lado disso, os investimentos públicos, as concessões, e o ritmo atual dos investimentos do pré-sal.
do blog do Zé
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