- o resto é manobra das elites conservadoras e choro de mau perdedor -
O título acima, que damos a essa nota, é do primoroso artigo do arquiteto e urbanista Joaquim Cartaxo, secretario de formação política do PT do Ceará. O título inteiro do artigo do Cartaxo é “Ganhou na eleição a ascensão social de muitos. O resto é manobra das elites conservadoras”. Como nós concordamos com as duas versões de títulos, e em gênero, número e grau com o que diz o Cartaxo, recomendamos a leitura desse seu texto, mais uma análise da eleição nacional encerrada domingo pp. e quando se aproxima o fim de semana.
“Ganhou na eleição a ascensão social de muitos. O resto é manobra das elites conservadoras”
A vitória da presidenta Dilma nas eleições de 2014 representou avanço no aprofundamento da democracia brasileira, demonstrado pelos eleitores que estão mais e melhor informados, politizados, resistentes às tentativas de manipulação das mentes e corações deles.
Vitória da geração que lutou contra a ditadura, em que a presidenta é representante viva; vitória política, ideológica e eleitoral das forças populares, socialistas e democráticas que combatem o antipetismo sectário e o neoliberalismo excludente, privatizador, subserviente ao capital financeiro.
Vitória dos movimentos sociais, das mulheres, da juventude, dos lutadores por um desenvolvimento sustentável, inclusivo, solidário, duradouro.
Encerrada a eleição, a oposição liderada pelos tucanos continua a disputa política afirmando que o Brasil está dividido e que é necessário unificá-lo. A questão não é essa, pois pela quarta vez o PT derrota o PSDB na disputa presidencial. O caso não é de divisão do país, mas de conquistar democraticamente maioria política e social. É disso que se trata.
A retórica de unificar o Brasil e afirmar que o PT dividiu o país é uma manobra das elites conservadoras tentando ocultar o mal-estar delas que veio à tona de modo intenso com a ascensão social dos pobres, promovida pelos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma.
Pobres e ricos com seus carros passaram a disputar o espaço da via pública, dos estacionamentos; frequentam os mesmos shopping centers; ocupam, lado a lado, as salas de espera dos aeroportos e assentos dos aviões; foram garantidas cotas para negros nas universidades e os filhos de famílias pobres podem obter diploma de nível superior por meio do ProUni.
Assim sendo, as pessoas pertencentes às camadas populares podem conquistar colocações no mercado de trabalho reservado, antes, apenas aos pertencentes às camadas de renda média e alta da sociedade.
Por causa disso, essas camadas tradicionais se sentem ameaçadas pelas classes de renda C e D. Sentimento traduzido na velha e nova mídia com manifestações de intolerância e virulência preconceituosa contra pobres, negros, mulheres, nordestinos, homofobia e o PT nessas eleições.
Ascensão social é a verdadeira unificação do país, a unificação de oportunidades para todos. A presidenta Dilma e o PT se dispõem a dialogar. Mas, isso não significa abrir mão do projeto vitorioso nas urnas que contém aviso dos eleitores em letras garrafais: reduzir inflação e juros pagos ao sistema financeiro; proteger os direitos dos trabalhadores e garantir emprego; priorizar as regiões mais pobres e desprovidas de infraestrutura; ampliar e melhorar a qualidade dos serviços públicos; aperfeiçoar a regulação do setor privado; combater a corrupção sem tolerância.
* Joaquim Cartaxo - Arquiteto urbanista e secretario de formação política do PT/CE.”
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