Abaixo trechos do discurso de Lula no Dia Nacional de Mobilização Nacional:
Nesta terça-feira (31), em discurso no Dia Nacional de Mobilização da Democracia, o Presidente Lula defendeu o ajuste promovido no inicio do segundo mandato da Presidenta Dilma. O petista afirmou ser algo necessário no atual cenário econômico.
“[No meu primeiro governo] Eu fiz um ajuste mais forte do que esse. De vez em quando é preciso fazer. Eles perguntam: Por que não aumentou a gasolina antes? Por que a Dilma diminuiu a conta de energia? Só que a Dilma não esperava a seca deste ano”, disse Lula em São Paulo.
“Aí, teve que ligar as termelétricas. E a energia da termelétrica é mais cara. É uma conjuntura desfavorável e não dependeu da Dilma. A inflação é uma desgraça para o pobre e a Dilma sabe disso. O sindicato não está feliz, mas com a Dilma vocês podem negociar. Se fosse um tucano, nem em Brasília vocês chegavam”, provocou o Presidente.
A plenária, que foi promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e outros movimentos populares, teve o objetivo de convocar duas grandes mobilizações de rua que acontecerão nos dias 7 de abril e 1º de maio, Dia do Trabalhador.
Sobre a gestão da Presidenta, disse Lula: “A Dilma é produto nosso. Ela tem compromisso conosco. Querem tirar ela, pra tirar o povo do governo”
Combate à corrupção
No evento, o Presidente voltou a afirmar que o combate à corrupção se fortaleceu nos governos petistas. Segundo ele, o partido “tirou o tapete que escondia a corrupção”.
“Fomos nós que fizemos as maiores leis de combate à corrupção. Temos que tirar o tapete que esconde a corrupção da sala. Fomos nós que escancaramos”, declarou aos militantes petistas.
“Até hoje, não fizemos o debate correto sobre a corrupção. Acho que sempre achamos que a corrupção não era coisa para debatermos e em SP ela é crônica, historicamente”, criticou, para continuar: “Aqui em SP se cunhou a frase ‘rouba, mas faz’”.
“O tema da corrupção é que levou o Vargas a morte, tentaram o meu impeachment em 2005 e é o tema da corrupção agora”, opinou.
“Quando tentam falar que tudo na Petrobras é bandalheira, eles esquecem de dizer: a corrupção foi de uma ou duas pessoas que terão que pagar o preço”, contou.
Abaixo, outras frases do Presidente:
A Globo não transmite, mas a internet transmite.
Tivemos uma briga desgraçada para ganhar as eleições e parece que foram os adversários que ganharam.
Me parece que estamos brigando por aquilo que já vencemos. Parece que, para eles, não termina nada.
Ganhamos as eleições numa margem muito apertada. A eleição mais difícil dos últimos tempos. Enfrentamos a infâmia, mentiras e agressões.
Muitos deles não se conformam da emprega comer no mesmo restaurante que o patrão.
Em 2006, eles me acusavam de dividir o país.
Hoje, eles fomentam a guerra de classe de cima para baixa.
Frias dizia: você se engana que eles vão deixar você ser Presidente. Mas nós subimos a escada.
E o povo subiu as escadas.
Ganhamos e assumimos compromissos. E a Dilma tem um compromisso com a parcela mais pobre do país, pois é essa gente que precisa do Estado. Quem precisa do poder público é os do andar de baixo.
Não queremos perturbar os do andar de cima, mas não perturbem a gente.
Por que estamos defendendo a democracia? Defendendo a Petrobras?
Queria recordar de vocês as manchetes dos jornais de 2003, quando tomei posse. No Globo, era sobre os cortes no orçamento. E dizia que eu aumentava o aperto do orçamento.
Depois, no Estadão, Lula tem a primeira queda de popularidade.
Depois, Lula e José de Alencar divergem sobre os juros.
Movimentos sociais se unem contra Lula
O PIB zero pode prejudicar o governo
A mesma manchete de 2007, a Folha afirmava: Governo começa sem rumo e envelhecido.
Fim do governo Lula?
Em julho, “vaias a Lula abrem guerra entre Governo e oposição”
As manchetes de hoje contra Dilma são mais virulentas.
Quando o cidadão vai fazer delação premiada e fala que tem não sei quantos milhões lá fora
Quero saber se alguém vai ter coragem de falar que o Gabrielli recebeu da corrupção.
Esse país nunca teve ninguém com a valentia da Presidenta Dilma para fazer investigação.
Não precisa delatar. É só dizer que acha, que ouviu dizer.
A imprensa já condenou. Não precisa mais de juiz.
Canalha nasce canalha e bandido nasce bandido.
Tenho orgulho de ter feito a maior capitalização da Petrobras, de ter recuperado a indústria naval que eles estão quebrando agora.
Se alguém, neste país, tem orgulho de ser o Presidente que mais visitou a Petrobras sou eu.
Tenho orgulho de ter dito a este País que o Brasil seria capaz
Tenho orgulho de ter sujado a mão de petróleo do pré-sal e ter colocado nas costas da Dilma.
O que os incomoda é a lei da partilha, a soberania.
por Alisson Matos - Editor do Conversa Afiada
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