Um pouco tarde e cínico procurador dizer agora que objetivo era derrubar Dilma, por Jean Wyllys


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Lá se estrupa a lei
Um pouco tarde e um tanto cínico esse procurador vir dizer aquilo que todos que nos opusemos ao golpe já dizíamos quando ele – o procurador – e sua turma (incluindo, aí, a imprensa hegemônica, da qual a Exame é parte) não só apoiavam como sustentavam o golpe (travestido de impeachment de Dilma) urdido pela facção de criminosos do PMDB-PSDB, com apoio do mercado financeiro e de grandes empresários, num “acordo com Supremo e tudo” (Jucá, Romero; 2016).

E mesmo a turma que se vestiu de verdade-e-amarelo e foi às ruas arrastando as suas babás negras para apoiar os golpistas, mesmo essa turma sabia que não se tratava de um movimento anticorrupção. A questão ali não era a corrupção (tanto é que essa turma está caladinha diante das provas de corrupção envolvendo Aécio Neves, Rocha Loures, Geddel Viera Lima e Michel Temer, todos impunes até agora; até as panelas foram guardadas). A questão ali era ÓDIO DE CLASSE e às minorias! O que moveu os paneleiros e a coxinhada foi o ódio aos pobres e às minorias e às políticas sociais voltadas para estes. Os criminosos golpistas, a mídia hegemônica e os procuradores da Lava a Jato, bem como o juiz de ternos pretos cafonas (e podem chiar o quanto quiserem, os ternos dele são cafonas, ponto!) souberam muito bem manipular esse ódio porque esse ódio é parte deles. Agora, meus caros, Inês é morta!
Publicado originalmente no Facebook

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