Lula venceu a Globo


rejeita2017


As projeções de 2° turno, antecipadas ontem, já indicavam o que é mostrado em plenitude pelos dados completos do Datafolha realizado nos dois últimos dias de novembro: a rejeição a Lula caiu de forma marcante e, tecnicamente, voltou ao patamar anterior à campanha de desmoralização que lhe moveram a Lava Jato e a mídia, que atingiu seu ápice às véspera do  impeachment de Dilma Rousseff, com 57%
39% dizerem, agora,  que não votariam em Lula “de jeito nenhum” não é muito diferente do preconceito que ele carrega desde sempre, mesmo nos melhores momentos de prosperidade econômica em seus governos.
Movimento inverso teve seu algoz, o juiz Sérgio Moro, que ostenta o mesmo nível de rejeição, ao ponto de que um candidato por ele indicado teria igual nível de recusa (44%) que o mesmo teria se a indicação fosse de Lula (45%). Aliás, neste quesito, Alckmin que se cuide: 62% dizem não votar em um candidato indicado por Fernando Henrique Cardoso e 81%, como se ensaia, recusariam o voto ao candidato indicado por Michel Temer.
Os números revelam duas realidades políticas.
A primeira é que Lula enfrentou e venceu o “Exército Islâmico”, este Isis judicial midiático que praticamente tomou conta do país desde 2015. Progressivamente, recuperou o território e, agora, começa a reunir aliados para uma ofensiva definitiva. É verdade que as forças fundamentalistas de mercado ainda têm a “bomba H” de uma condenação, mas detoná-la destruiria  a si próprios, dividindo ao meio o país que querem controlar.
Além disso, levam à conclusão de que o “meu programa é ser o anti-Lula“pode ainda ser suficiente para levar um candidato ao 2° turno, mas não reúne, na hora da decisão, mais de um terço dos eleitores. Proporção que, alás, também progressivamente se reduz.
Há um ano e quatro meses, os resultados de um eventual segundo turno, onde Lula é franco favorito, segundo o Datafolha (veja aqui os atuais, publicados no post anterior) eram algo que hoje parece inacreditável:  Aécio teria 38% e Lula 36%; Alckmin obteria o mesmo resultado; Marina atingiria 44% e Lula só  32%  e até José Serra iria a 40%, deixando Lula com 35%.
Progressivamente, a vida real vai se impondo à propaganda de massas e o país vai orientando os vetores de seus desejos na direção da própria sobrevivência.
Resta saber se a vontade popular nascerá livremente das urnas ou se sofrerá um aborto violento nas cortes judiciais.
***
PS: É incontestável a vitória de Lula sobre a mídia (Rede Globo) no que diz respeito a campanha de difamação contra ele. Agora falta vencer a subordinação do MP e do Judiciário a vontade dos irmãos Marinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário