Folha: Livre, Paulo Preto foge do padrão de 'correntistas suíços' da Lava Jato, por Mario Cesar


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O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, tem muito mais sorte do que o ex-governador Sérgio Cabral, o ex-deputado Eduardo Cunha, os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque e os marqueteiros João Santana e Mônica Moura.

Está perdido no cipoal de nomes? Todos eles foram presos pela Lava Jato porque tinham contas no exterior que receberam recursos de propina ou de caixa dois.

Sobre Souza, apontado como operador de propinas do PSDB por sete delatores da Lava Jato, as autoridades da Suíça informaram que tinha uma conta com R$ 120 milhões naquele país e havia transferido o montante em 2016 para Nassau, paraíso fiscal no Caribe.

Apesar da aparente tentativa de retirar o dinheiro de um país que tem congelado valores suspeitos, não houve pedido de prisão contra Souza. Procuradores de São Paulo dizem que não podem comentar o caso porque a investigação está em curso.

O critério aplicado a Souza é um desvio no padrão da Lava Jato. Desde que a operação começou, em março de 2014, ao menos 11 pessoas foram presas por possuir ou movimentar contas na Suíça e outros paraísos fiscais, segundo levantamento da Folha.

Foi por ter conta fora do país que o juiz Sergio Moro mandou prender Paulo Roberto Costa pela segunda vez. Ele havia sido preso no primeiro dia da Lava Jato, em 17 de março de 2014, mas foi liberado em 19 de maio por ordem do ministro do STF Teori Zavascki.

Em 11 de junho daquele ano ele foi preso novamente, logo após as autoridades suíças informarem que ele e seus familiares tinham US$ 23 milhões em contas secretas naquele país, que não haviam sido movimentadas pelo ex-diretor da Petrobras.

Moro escreveu no decreto de prisão que a “a mera entrega de passaportes em juízo não previne a fuga, sobretudo quando o acusado é titular de contas secretas milionárias no exterior”. (...)

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Briguilinas: Muito pelo contrário do título do artigo do jornalista Mario Cesar. Livre, Paulo Preto é o mais perfeito do padrão da lava jato. A quadrilha de Curitiba - Moro, Dallagnol e Cia -, tucanos de quatro costados fazem exatamente isso, protegem seus colegas tucanos. Canalhas!
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