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- A Dilma não sofrerá impeachment. Pois, ela não cometeu crime e, além disso, ela tem 1/3 do Congresso para impedir.
O Lula não será condenado. Pois, ele não cometeu crime.
Após condenado em primeira instância.
Ele será inocentado no TRF/4. Pois, sua sentença será revista.
De fato a sentença foi reformada por unanimidade, mas para aumentar a pena evitando sua prescrição.
Lula não será preso. Pois, a constituição não permite e, além disso, eles não terão coragem de colocar na cadeia uma liderança da dimensão do Lula.
Os últimos diagnósticos, ainda se resposta são:
Haverá eleições. Pois, o golpe não sobrevive sem democracia.
Não haverá golpe militar. Pois, o mundo não aceita mais esse tipo de ação política.
O foi condutor de todos esses diagnósticos e prognósticos atendem pela dicotomia: golpe X legalidade.
Antes de seguir a análise uma observação. Não existe legalidade pura, nem golpes puros. Esses processos sempre respondem a certa correlação de forças.
Porém, caso se opte pelo diagnóstico de que houve um golpe, é preciso aceitar que ele está em curso. Logo, o processo eleitoral não seguirá a legalidade. É importante lembrar, o mandato de Dilma ainda não encerrou.
Daí a pergunta: o que Lula quis dizer quando falou que não se mataria como Getúlio, nem se exilaria como Jango?
Na minha opinião, ele imagina que não é possível o golpe seguir em frente por muito tempo com ele vivo e se colocando como uma liderança que corporifica a vontade popular, que o golpe quer se contrapor e, por isso, precisa dissipar. Ou seja, o povo não pode se unir em torno de uma liderança, pois, do contrário não aceitará pagar o preço que o golpe quer cobrar.
Hoje, creio que Lula intuiu corretamente. Ele pensa: vou até o fim com minha candidatura, porque isso vai empurrar o golpe para um impasse. Os líderes golpistas, no comando das instituições da República, que assumam as consequências de suas ilegalidades. Cada enfrentamento, respondido com uma ilegalidade, representa mais uma conta a pagar. E que só vai aumentando, à medida que as contas a pagar vão se avolumando.
Por isso, plano B, ou indicação de um substituto, sem que os golpistas sujem suas mãos, significa ir contra os interesses do Brasil e da maioria de sua população que foi golpeada. Lula desenvolve hoje uma espécie de revolução pacífica e silenciosa. Caso ele não desista, e mais uma ilegalidade tiver que ser cometida, aumenta o preço a pagar pelo golpe.
Enfim, ou o golpe é derrubado, com uma liderança popular forte como o Lula, ou ele prosseguirá com a retirada de direitos, a entrega do patrimônio nacional e com uma agenda internacional submissa aos interesses dos EUA.
Logicamente que, se Lula for ilegalmente impedido de concorrer, a indicação de outro nome deve ser colocada. Mas isso nunca deverá ser feito sem que os golpistas tenham sujado suas mãos, com mais uma ilegalidade.
Para encerrar, não existe golpe dentro do golpe ou aprofundamento do golpe. O que existe é golpe. Ou ele avança, ou ele se extingue.
Comentário a postagem "Xadrez da candidatura Lula-Haddad e os golpes possíveis, de Luis Nassif"
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