CIDAO - COMPANHIA INDUSTRIAL DE ALGODÃO E ÓLEOS
O escritório apresentava móveis em madeira, pé direito de boa altura, arquivos metálicos, caixa gaiola, ventiladores de boa potência, janelas basculantes, dois acessos: rua e ao interior da fábrica.
Uma austeridade herdada de uma Inglaterra vitoriana.
O birô principal, na minha lembrança, foi ocupado pelos gerentes comerciais: Eduardo Fiúza Pequeno, Luciano Leite Campos e José de Almeida Brandão Filho.
Ao lado, o birô do gerente do escritório, Raimundo Amarante de Oliveira: gerência exercida durante as gestões dos três gerentes comerciais citados.
Sua aposentadoria veio ao mesmo tempo do ocaso da CIDAO.
Lembro da grande transformação por qual passou esta empresa industrial no início dos anos 60; ampliação do parque fabril, construção de uma nova vila para os funcionários, canalização dos rejeitos, construção do Grupo Escolar Dr, Thomé da Frota, à cuja inauguração estiveram presentes figuras de proa da vida iguatuense: Dom José Mauro Ramalho de Alarcón e Santiago, Dr, Manoel Carlos de Gouvea, Dr. Ary Brazil, e representando a Direção da empresa, o Sr. Otão Câmara de Albuquerque.
Não esquecer aqui, a construção de um refeitório, ao qual fiz referência em uma outra publicação.
Uma foto histórica mostra os citados, e um bom número de funcionários da CIDAO, do mais representativo, o gerente Luciano Campos até ao mais humilde operário, além de pessoas da comunidade ao redor, e que teriam os filhos beneficiados com a educação, nas figuras das professoras Maria do Carmo Holanda e Zélia Campos, posteriormente a professora Ivonete Fernandes.
CIDAO - Companhia Industrial de Algodão e Óleos, beneficiava três riquezas: algodão, oiticica e mamona, com exportações para os EUA e União Soviética, citando os dois principais importadores.
Sempre que escrever-se ou aludir-se à economia de Iguatu e também do Ceará, a CIDAO terá capítulo em destaque.
Empresa criada pelo capitão de indústria Trajano de Medeiros, depois negociada com o iguatuense José Moreira Cavalcante, que ao lado dos irmãos deu continuidade ao longo do tempo, ao projeto industrial do já citado Trajano de Medeiros.
Robespierre Amarante
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