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Mimica animada

EUA não é mais aquele - Crimeia declara independência da Ucrânia

Decisão foi tomada pelo parlamento neste terça-feira, antes mesmo do referendo marcado para o próximo domingo; dos 100 membros do parlamento, 78 votaram a favor da decisão, que está de acordo com normas internacionais; golpe de Estado na Ucrânia, que teve apoio do Ocidente, produziu um país menor; representantes do parlamento também anunciaram que adotarão o rublo, moeda da Rússia, como sua divisa

247 - Terminou mal a aventura do governo de Barack Obama no Leste Europeu. Nesta terça-feira, a Crimeia declarou sua independência da Ucrânia, cujo governo democraticamente eleito foi derrubado por um golpe de Estado apoiado pelo Ocidente.

A decisão da Crimeia, tomada por 78 dos 100 representantes do parlamento, veio antes mesmo do referendo marcado para o próximo domindo que irá definir se a região será anexada pela Rússia.

Leia, abaixo, um trecho da declaração do parlamento:

"Nós, os membros do parlamento da República Autônoma da Cirmeia e do conselho da cidade de Sebastopol, tendo em vista o capítulo das Nações Unidas e diversos documentos internacionais, assim como a confirmação do status de Kosovo pela corte internacional de Justiça das Nações Unidas, em 22 de julho de 2010, que determina que a declaração unilateral de independência por uma parte de um país não viola nenhuma norma internacional, tomamos esta decisão". 

A partir de agora, a Crimeia já se declara uma República Independente – e não mais autônoma. Outra decisão tomada foi a adoção do rublo, moeda da Rússia, como sua divisa. No domingo, um referendo irá determinar se a Crimeia será ou não anexada à Rússia – proposta que conta com amplo apoio popular.

CNI - INDÚSTRIA INICIA 2014 COM CRESCIMENTO NOS PRINCIPAIS INDICADORES

A utilização da capacidade instalada da indústria (UCI) registrou o melhor resultado em nove meses, em janeiro, com 82,7%. Esses e outros índices foram divulgados hoje (11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e estão na pesquisa Indicadores Industriais. O número é importante porque significa que a indústria está ampliando o uso do seu parque fabril. Em janeiro do ano passado, o indicador registrou 83,5%, mas não foi mais repetido nos meses seguintes.

“No ano de 2013 foi muito comum a ocorrência de resultados diversos. Uns [indicadores] com crescimento e outros com queda. O conjunto não foi muito definido, mas janeiro [2014] foi muito positivo. Embora, na comparação com 2013, vemos um resultado negativo no indicador de horas trabalhadas”, disse Flávio Castelo Branco, gerente executivo da CNI.

O faturamento real da indústria, em dados dessazonalizados, também cresceu, alcançando 1,6%, em comparação a dezembro passado e 2,4% ante o mesmo período de 2013, indicou a pesquisa. As horas trabalhadas, na mesma comparação, cresceram 1,4%, em dezembro, mas caíram 0,9% ante a janeiro do ano passado, sendo que o emprego subiu 0,3%, em janeiro, em comparação também a dezembro, e 1,5%, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

“O emprego já vinha mostrando resultados positivos. E isso se reflete no resultado da massa salarial, como é possível ver nos números”, disse Castelo Branco.  No caso da massa salarial, o crescimento chegou a 0,9%, ante dezembro, e 6,7%, em comparação a janeiro de 2013. O rendimento médio real ficou em 1,1% e 5,1%, respectivamente.

“Quando nós olhamos para o resultado, há uma heterogeneidade nos dados. Ainda não caracteriza um revigoramento. Permanece em nível abaixo do que trabalhamos nos últimos dois, três anos”, avalia o economista.

Ele acredita que os dados de fevereiro devem ser novamente positivos, pois o carnaval neste ano ocorreu em março. Castelo Branco disse ainda que eventuais problemas com a economia da argentina serão compensados com o crescimento da economia mundial, especialmente a Europa e os Estados Unidos.

“Eu creio que a gente tenha que olhar por tipo de produto. Mas, no caso dos manufaturados, isso se reflete na indústria. No caso de commodities, isso vai depender da demanda da China. Mas acho que ela vai crescer acima de 7%, e os preços devem se manter de certa forma estabilizados”, destacou.
Vinicius Lisbôa – Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo

Adaptando Heitor Cony de 64 aos dias de hoje

Que os *caranguejos continuem andando para trás. Nós andaremos para a frente, apesar dos descaminhos e das ameaças. Pois é na frente que encontraremos a nossa missão, o nosso destino. É na frente que está a nossa glória.

*Caranguejos = PSDB/PSB E CIA

PMDB, PSB, PSDB & Cia - Farinha farta, meu pirão primeiro

Corrida aos lotes do poder é o retrato da sanha fisiológica que assola o país e ameaça a democracia


 Quem imaginou que o grito das ruas ecoou na Praça dos Três Poderes está redondamente enganado. Antes, pelo contrário, acostumada ao uso inveterado das máquinas públicas como alavancas dos seus interesses pecuniários, a laia que avilta a democracia com o uso delituoso de mandatos adquiridos a peso de ouro está mais preocupada é em meter a mão no erário para disputar mais uma eleição com bastante bala na agulha.
 
Na convenção do PMDB do insaciável Eduardo Cunha, Dilma fez mais uma aposta nessa aliança de escopo primariamente fisiológico. 
 
 Essa briga de poder protagonizada por figuras sem a menor reputação, como esse Eduardo Cunha, é o espelho quebrado de uma máfia política sem qualquer recato. Esses parlamentares vivem de chantagens explícitas do tipo: ou me dão isso e aquilo ou vamos botar alguém do governo que esteja vulnerável contra a parede.  Se forem servidos, fica o dito pelo não dito e os questionamentos e denúncias vão a arquivo. É uma extorsão política pra lá de rotineira.
É deprimente ver que a cobertura dessa mídia de superfície dá todo destaque do mundo ao jogo rasteiro de poder, como se essa briga suspeita interessasse aos cidadãos, como se o destino do Brasil, com seus desafios gigantescos, dependesse do acerto de contas da presidenta com esse exército golpista de picaretas, sem tanques e sem canhões, mas com o cérebro nervoso de oficiais em guerras de rapina.
Tudo isso acontece por que o modelo institucional brasileiro foi confeccionado sob medida para transformar a atividade pública na mais descarada  atividade privada, num logro combinado e executado por gregos e troianos.

Por esse manual o mandato político é uma grande trapaça.  Eleitos são os que têm grana, suporte de empresários gananciosos e acesso direto aos serviços públicos, sejam federais, estaduais e municipais, que convertem em moeda de troca para engrupir eleitores incautos, estrategicamente estonteados pelos BBBs e outros imãs de uma rede de entretenimentos imbecilizante e alienante por ofício.  
 
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Charge do dia


EUA não tem é mais "Xerife" do mundo

Os Estados Unidos já viveram dias melhores; na crise da Ucrânia, o presidente Barack Obama cedeu diante do russo Vladimir Putin e, por mais que o chanceler John Kerry diga que as portas estão se fechando para a diplomacia, o governo americano jamais teria coragem para o passo seguinte, que seria a guerra contra segunda maior potência nuclear do planeta; na Venezuela, governada por Nicolas Maduro, um pedido de intervenção proposto pelos Estados Unidos teve 29 votos contrários, contra apenas três favoráveis, dos americanos, canadenses e panamenhos; Império americano já não vence na força nem na persuasão do "soft power" 

247 – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está entrando para a história como o general da derrocada da diplomacia de esporas e revólver na cintura do império americano. Nas crises paralelas da Ucrânia e da Venezuela, díspares mas com traços comuns, e nas quais em ambas os Estados Unidos de Obama tentam se meter, ficou estabelecido na semana passada que a lei será respeitada antes da força.

Com o parlamento da Crimeia votando por unanimidade a ligação da região à Federação Russa e a OEA marcando 29 votos a três contra a proposta de enviar observadores à Caracas, os americanos tiveram de recuar apenas para bravatas e articulações com seus aliados da União Europeia.Antes, queriam o recuo da Rússia e o início de intervenção na Venezuela. No continente americano, eles se mostraram em completo isolamento, ao lado apenas de Canadá e Panamá. Na Europa do Leste, Putin, como já se demonstrava, falou mais alto. O leão Obama miou.

Obama marcou em sua biografia um momento preciso do processo de declínio do poderio americano nos dois telefonemas que trocou com Vladmir Putin. No último, na quinta-feira 6, ao desligarem depois de uma hora de conversa tensa, ficou claro que a Rússia, com a vontade manifesta nas ruas do povo da Crimeia, o pedido unânime do parlamento local e todas as ligações históricas e culturais existentes com a região tem ao seu lado todas as leis internacionais para promover a aproximação – e consequente cooperação e proteção.

Putin deu sua versão do telefonema, sendo o único a falar a respeito do seu conteúdo. Avisou que não tem como não atender ao pedido da Crimeia e, além disso, nada há na legislação internacional que o impeça de atender ao pedido do parlamento. Obama não teria mesmo muito a dizer em público sobre o conteúdo do telefonema. Ele terá, à luz da correlação de forças e do direito internacional, de fazer seu secretário de Estado, John Kerry, engolir as ameaças de que "está se acabando a fase da diplomacia", prometendo instalar o caos da guerra na região.

Não há nenhuma justificativa legal que permitam aos Estados Unidos, pela via da Otan ou do que quer que seja, de enfiar as botas na Crimeia.

DERROTA NO QUINTAL - Igualmente, não será pelo envio de observadores que os Estados Unidos irão dar sequência, na Venezuela, ao seu apoio crescente ao desmoronamento do governo constitucional de Nicolás Maduro. A votação de 29 a 3 na OEA soou como um soco no estômago de Obama dentro do antigo quintal americano, servindo para mostrar que nem mais nas cercanias de suas fronteiras os EUA mandam como antes. O México não aprovou a proposta americana.

Frente a Putin ou pelas costas de Maduro, Obama perdeu. Se procurar romper com as regras internacionais, e fazer pela via clássica – como no Iraque e no Afeganistão – uma ação de guerra, não apenas atestará seu isolamento como marcará o ponto mais baixo de sua diplomacia conservadora de cunho antiquado e extemporâneo.

Com um tipo diferente da paranóia estelar de Ronald Reagan e da loucura bélica de George W. Bush, Obama vai sair das duas crises em curso como inconsequente e, ao mesmo tempo, acovardado.

Primeiro, ao apostar na crise da Ucrânia como uma oportunidade de ganho de espaço de dominação geopolítica, Obama e sua administração se mostraram amadores e irresponsáveis. Até as estrelas da bandeira americana sabem que qualquer tentativa de mudança de correlação de forças na região irá, sempre e sempre, despertar o urso russo. Misha, então, se torna Putin. Não se brinca com o segundo (ou primeiro) maior arsenal nuclear do planeta.

Na Venezuela, não há indicativos de que o governo de Maduro perdeu a sustentação que sempre teve – de praticamente metade mais um da população do país. Há que se entender que esse vizinho do Brasil é um país dividido politicamente há pelo menos 40 anos, alternando regimes militares com governos pró-americanos, até o advento do chavismo, onze anos atrás.

Nesse quadro, a Venuzuela tem mostrado solidez institucional suficiente para resolver seus próprios problemas, apesar de os EUA de Obama apostarem em todo o tipo de método de desestabilização.

Uma em cada hemisfério do globo, as crises da Ucrânia e da Venezuela marcam o instante histórico em que os Estados Unidos estão perdendo definitivamente sua estrela de xerife do mundo.

Abaixo, notícia da Agência Reuters a respeito:

Kerry pede máxima moderação à Rússia na região ucraniana da Crimeia

WASHINGTON, 8 Mar (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse em telefonema ao chanceler russo, Sergei Lavrov, que qualquer passo da Rússia para anexar a região ucraniana da Crimeia fecharia as portas para a diplomacia, afirmou uma autoridade do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
"Ele deixou claro que a continuidade da intensificação militar e da provocação na Crimeia ou em qualquer outra parte da Ucrânia, junto com passos para anexar a Crimeia à Rússia, fecharia qualquer espaço disponível para a diplomacia, e ele apelou pela máxima moderação", disse a autoridade.