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Ciro se apequenou

Ao retornar da Europa na última sexta-feira, Ciro Gomes se inscreveu entre os que se apequenaram no curso destas eleições. Mostrou-se sem a dimensão do estadista projetado na campanha em palavras e atos. Quis apenas garantir a hegemonia da oposição em um hipotético governo Bolsonaro. Trocou o apreço pelos valores democráticos pelo precoce desejo de se firmar como opção para 2022. Só perdeu", diz o colunista Ricardo Bruno >>>

REUTERS/Adriano Machado: <p>Pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, durante entrevista em Brasília 06/06/2018 REUTERS/Adriano Machado</p>

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Brasil acima de tudo”: Slogan de Bolsonaro faz referência ao da Alemanha nazista

As ligações de Jair Bolsonaro (PSL) com o neonazismo se fazem presentes até em seu slogan de campanha: na Alemanha de Hitler, uma das frases mais repetidas era "Deutschland über alles", que quer dizer "Alemanha acima de tudo"

Por Ivan Longo

"Brasil acima de tudo. Deus acima de todos". O slogan de campanha de Jair Bolsonaro (PSL), que também é o nome de sua coligação, é repetido diariamente pelo próprio candidato, seus apoiadores, e estampa bandeiras, camisetas e memes nas redes sociais. O que muita gente não sabe é que a frase em questão tem inspiração direta em um slogan nazista.

Na Alemanha de Hitler, um dos bordões mais repetidos era o "Deutschland über alles" que, em português, significa "Alemanha acima de tudo". O trecho, inclusive, fazia parte do hino nacional alemão, mas foi suprimido ao final da Segunda Guerra Mundial.

Não é mera coincidência. As ligações de Bolsonaro com vão muito além. O ódio aos "comunistas", aos homossexuais, o discurso de combate à corrupção e o ímpeto por "reunificar o país" foram uma das principais características de Hitler. E não para por aí: a máquina de fake news de apoiadores do militar da reserva muito se assemelha às estratégias de divulgação e repetição de mentiras na época do nazismo.

Como se não bastasse, grupos neonazistas brasileiros já fizeram manifestações de apoio a Bolsonaro e o capitão da reserva, inclusive, chegou a mandar uma carta de solidariedade para um desses grupos.

Em entrevista à Fórum, a antropóloga social e especialista em neonazismo, Adriana Dias, explicou como o candidato do PSL fomenta a atuação de grupos de extrema-direita no Brasil e quais suas ligações com o nazismo.

50 e 50

Pesquisa Vox 247 realizada hoje sábado 27, e financiada pelos eleitores, aponta empate entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), indicando para a possibilidade real de virada neste domingo 28; nos votos totais, os percentuais são de exatamente 43% a 43%; ninguém/brancos/nulos são 9% e "não sabe" ou "não respondeu", 5%; nos votos válidos (contando apenas a intenção de voto efetiva em cada candidato), os percentuais são de exatamente 50% a 50%.