1. O cientista político Peter Giangreco, responsável pelas estratégias de marketing direto da campanha presidencial de Barack Obama, disse que o partido político que investir em marketing direto vai ter "grandes vantagens" nas eleições. "Precisávamos maximizar o desempenho do Obama e convencer as pessoas a apoiá-lo". As estratégias foram traçadas a partir do banco de dados dos eleitores dos Estados Unidos, que traz informações como endereço, idade, sexo e renda, por exemplo, e traçou esses dados com uma espécie de censo que informa a religião, se pertencem a algum partido político ou sindicato, se é militar ou não, entre outros. "Esses dados foram realmente chave para nós", disse.
2. Também foram feitas comparações entre as zonas eleitorais para saber como votaram os eleitores nas últimas eleições. Com a tese de que "pássaros iguais voam juntos", Giangreco também explicou que pessoas que vivem no mesmo bairro costumam ter os mesmos hábitos de consumo e ideológicos. "As cidades estão mais misturadas hoje, mas ainda têm alguns padrões que podem ser avaliados."
3. Outra ferramenta usada na campanha foram pesquisas de opinião com amostras diferenciadas para indicar as necessidades de um único eleitor, o chamado microtarget, ou de um grupo. Ao combinar os resultados das pesquisas e cruzar com todos os dados coletados, conseguiu selecionar grupos de eleitores de acordo com o interesse nos candidatos a presidente e, a partir daí, focar a campanha e persuadir os eleitores indecisos, por exemplo. Os eleitores que foram identificados com 90% de chances de votar em Obama ou em John McCain eram descartados. "Para evitar desperdício de tempo", disse.