O Brasil está rico. E você?


Todos os jornais desta sexta-feira anunciam em manchete que, nunca antes, na história deste país, o Brasil teve em suas reservas internacionais dinheiro suficiente para quitar toda a dívida externa – pública e privada.

Ora, a autoridade monetária não fechou estas contas ontem ou hoje, até porque não existe milagre capaz de zerar dívidas astronômicas de repente.

O governo atual colhe bons resultados econômicos em razão de um interregno de pujança da economia internacional e, sobretudo, da adoção de uma política econômica calcada num monetarismo draconiano que se apóia no arrocho salarial e em taxas de juros que institucionalizaram a agiotagem.

E tanto é verdade que qualquer boteco de esquina já se transformou em instituição financeira. Entretanto a política macroeconômica que vem sendo praticada pelo lulismo segue a cartilha do governo FHC. Há apenas uma diferença: o torniquete foi apertado ao máximo!

Da mesma forma a Petrobrás não descobriu da noite para o dia uma jazida petrolífera descomunal abaixo de uma quilométria crosta de sal.

Depois que o rei ficou nu, com a explosão do escândalo dos famigerados cartões corporativos, começaram a aparecer notícias muito estranhas.

Como por encanto surgiu o factóide do roubo dos segredos da Petrobras. Mas cá para nós. É uma história mirabolante. Já me refir a isto em post mais abaixo. Mas o jornalismo que se limita a guiar suas pautas pelos releases governamentais comprou o factóide, ao invés de por em campo o eficaz jornalismo investigativo.

Durante alguns dias este factóide do roubo de segredos ultra-secretos da Petrossauro que viajaram dentro de um contêiner ordinário, foi o abre de página dos jornais. Eis que no momento em que esta surpreendente notícia começou a gerar desconfiança apareceu uma pesquisa dando quase 70% de apoio a Lula.

Todos esses assuntos, contudo, não conseguiram desviar a atenção em relação à escandalosa dilapidação dos cofres públicos, porque no Congresso segue o processo de criação da CPI dos Cartões Corporativos e há, ainda, a CPI das ONGs que pode gerar informações nada auspiciosas para o governo.

Se a oposição se comportar como oposição e puxar o fio desse novelo, vem coisa séria por aí.

Ao que parece o governo decidiu então antecipar o que seria um maná em véspera de eleição: a independência econômica do Brasil, zerando o histórico e crônico endividamento que remonta ao império.

Não deixa de ser uma ótima notícia o equilibrio da contas nacionais, fato que por si só referenda os propalados sólidos fundamentos da economia brasileira.

Mas como não existe almoço grátis, esta conta fabulosa tem um custo que foi socializado à maneira petralha, ou seja, rateado entre os cidadãos brasileiros, particularmente a classe média, vítima do arrocho salarial e tributário e que paga seus últimos tostões em juros para os agiotas a fim de não despencar no desfiladeiro da miséria.

Ninguém compra mais nada à vista. A não ser os endinheirados ou quem, por fazer parte da nomeklatura petista, possui cartões corporativos. Não conheço os números do endividamente existente hoje no Brasil com prestações e empréstimos por parte das pessoas físicas. Aliás, está aí uma boa pauta para esse jornalismo pusilânime que domina a grande mídia.

Convenhamos, mas num país que consegue zerar o seu endividamento, que tem sólidos fundamentos econômicos, seus cidadãos não viajam em estradas esburacadas, não sofrem com os apagões áereos, não ganham salários miseráveis e não precisam de bolsa-família, nem de cotas raciais e muito menos de programas ditos de “inclusão social”, como também não necessitam de empréstimos consignados com desconto em folhas de pagamento.

Esta pretensa independência econômica, agora alardeada pelo governo lulístico, embora renda manchetes de jornais, não mudará em nada a triste sina da maioria dos brasileiros.

Anotem o que acabei de escrever. Aguardem um tempinho, façam as suas contas e vejam se há motivos para comemorar. Experimente a calcular em quanto totalizará a correção dos salários neste ano.



Escrito por Aluizio Amorim às 01h46

Tudo azul com bolinhas amarelas?


A tabela destaca em azul os países do Primeiro Mundo e em Amarelo os do Terceiro.
Salta aos olhos que os países ricos se tornaram os mais endividados. Os Estados Unidos são o primeiro da lista, com US$ 12,5 trilhões (!) de dívida. Segue-se a Inglaterra, com US$ 11,2 trilhões, e, com cifras um pouco menos astronômicas, Alemanha, França, Holanda, Itália... Tudo rico.

Hong Kong é o primeiro lugar do Terceiro Mundo a figurar na lista, em um modesto 15º lugar – e não é um exemplo tipicamente terceiromundista.
O Brasil, campeão da dívida externa nos anos 80, caiu para a 24ª colocação. O México e a Argentina, vice-campeões no passado, estão respectivamente no 28º e no 31º lugares.

O que aconteceu? Primeiro, a tabela mostra que o Brasil não é o único país no sul do mundo a escapar do fantasma da dívida externa, e ostentar um saldo credor que o Banco Central calcula em cerca de US$ 4 bilhões.
Que o diga a China, com estupendas reservas de US$ 1,5 trilhão – as maiores do mundo, US$ 1,1 trilhão a mais que sua dívida.
Que o digam a Índia, com reservas US% 49 bilhões maiores que sua dívida, e a Rússia (hoje economicamente um país ''do Sul''), com US$ 39 bilhões de saldo.

Discurso fajuto

A CPMF acabou, você viu sentiu algum benefício nos preços? Pelo contrário: em vez de ficarem mais baratos, como era o discurso dos tucanos, demos e Cia, alguns produtos até subiram segundo levantamento realizado pelo professor Marcos Cintra, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ele mostra que no preço final de um automóvel, por exemplo, 1,69% correspondia à CPMF, cobrada várias vezes durante a produção do bem.

Com o fim do tributo, em 1º de janeiro, deveria provocar uma queda da mesma magnitude nos preços.

O que aconteceu?

- Uma alta de 0,26%, segundo o IBGE na pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro.

- Na verdade o fim da CPMF foi bom para os grandes empresário, sonegadores, traficantes e contrabandista.

- Isto é fato.

Brasil já é credor externo: derrota histórica das esquerdas e vitória de FHC!!!

Por Fernando Nakagawa, da Agência Estado.

Volto em seguida:Pela primeira vez, o Brasil tem em suas reservas internacionais dinheiro suficiente para quitar toda a dívida externa - pública e privada. O cálculo é do Banco Central e consta de um relatório divulgado nesta quinta-feira, 21, pela instituição, ressaltando a evolução recente dos indicadores de sustentabilidade externa do País. De acordo com o documento, a projeção do BC indica que em janeiro as reservas internacionais superaram a dívida externa em US$ 4 bilhões. Isso não significa, contudo, que o País vá quitar sua dívida, tampouco a das empresas, mas esta condição melhora a credibilidade do Brasil no exterior.
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O resultado das contas externas de janeiro será divulgado na próxima semana.No documento intitulado "Indicadores de Sustentabilidade Externa do Brasil, Evolução Recente", o BC lembra que a posição devedora do Brasil era de US$ 165,2 bilhões ao final de 2003. Ao longo dos últimos quatro anos, o fortalecimento das reservas internacionais e o programa de recompra da dívida externa e de antecipação de pagamentos resultou na redução desse montante.
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Apenas no ano passado, as reservas internacionais cresceram 110% e chegaram a US$ 180,3 bilhões no final de dezembro.Para o BC, as reservas apresentaram "evolução sem precedentes nos últimos anos", de US$ 16,3 bilhões, em 2002, quando excluídos os empréstimos do FMI, para US$ 180,3 bilhões ao final de 2007, "tendo crescido 110,1% apenas neste último ano", destaca o texto. Na avaliação da autoridade monetária, "o principal fator responsável por essa ampliação foi o superávit no mercado cambial, que acumulou US$ 150,6 bilhões de 2003 a 2007".
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No relatório, o BC avalia que a compra feita pela própria instituição no mercado cambial respeita a política de câmbio flutuante. "Ou seja, não adicionando volatilidade (oscilação) ao mercado e não definindo pisos nem tendências", cita o documento. As compras líquidas de dólar feitas pelo BC alcançaram US$ 141,3 bilhões nos últimos cinco anos, dos quais 55,6% apenas em 2007.O que isso significa?
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O comentarista econômico do jornal O Estado de S. Paulo, Celso Ming, destaca que a posição credora do Brasil no mercado internacional traz conseqüências positivas para o País. Ele enumera:
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1- Esta condição melhora a percepção do Brasil perante os investidores estrangeiros. Isso significa aumento de confiança nos títulos de empresas e do governo brasileiro.
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2- Com a melhora da percepção do País, mais investidores compram títulos de empresas e do governo brasileiro. Isso significa mais dólares entrando no mercado interno.
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3- A melhora da percepção também deixa o Brasil mais perto do grau de investimento - classificação dada a países com baixíssimo risco de calores.
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4- Se a classificação de grau de investimento se confirmar, mais investidores estarão dispostos a investir no País e mais dólares entrarão no Brasil. Além disso, o juro do dívida cai e as condições de endividamento do País ficam ainda melhores.
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ComentoVejam só! É, dei um título ao texto para provocar mesmo os “tonton-maCUTs” do petralhismo.- Quem não se lembra do plebiscito da CNBB — já bastaria que nossos bispos entendessem de religião, não é mesmo? — propondo a suspensão do pagamento da dívida externa?- Quem não se lembra da pauta histórica das esquerdas, incluindo o PT, sim (aquele pré-poder)? “Pela suspensão do pagamento da dívida externa!”- Quem não se lembra, como é mesmo, das “percas internacionais de Leonel Brizola?- Quem não se lembra da moratória, saudada como um ato de coragem nacionalista, de Dílson Funaro?
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Os números que estão aí são a conseqüência virtuosa do que os delinqüentes teóricos chamaram, ao longo dos oito anos de governo FHC, de “neoliberalismo”. Fosse, e dado que a política teve continuidade no governo Lula, entao se tem um mérito do Lula neoliberal!
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E, sim, POR ISSO LULA DEVE SER ELOGIADO. Quem disse que não elogio nunca? QUANDO ELE NEGA, NA PRATICA, TUDO O QUE ELE PREGAVA NA TEORIA, merece o meu aplauso.“Ah, então, vamos pagar tudo?” Não. Não é necessário. É mais vantajoso, para o país, manter as reservas e administrar a dívida, como vem fazendo. O que se tem aí é o resultado de 13 anos de uma política macroeconômica coerente, que fez a opção pela responsabilidade. Pode-se discordar disso ou daquilo, da valorização excessiva do câmbio aqui ou do juro ali, mas o rumo se manteve.

PARABÉNS AO PRESIDENTE LULA POR, AO MENOS NA POLÍTICA MACROECONÔMICA, TER DECIDIDO PRESERVAR A HERANÇA BENDITA.
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Por Reinaldo Azevedo

Brasil passa de devedor à posição de credor externo

Outrora endividado até a raiz dos cabelos de todos os seus filhos, o Brasil migrou da condição de devedor para a de credor externo. Significa dizer que as reservas internacionais do país passaram a somar mais do que o total da dívida. Nunca na história desse país, dirá Lula logo, logo –dessa vez com razão—, ocorrera semelhante ventura.

A boa nova consta de um boletim divulgado nesta quinta-feira (21) pelo Banco Central. Chama-se “Indicadores de Sustentabilidade Externa do Brasil – Evolução Recente.” Informa o seguinte:

"[A dívida líquida externa] passou de US$ 165,2 bilhões, ao final de 2003, para US$ 4,3 bilhões, estimativa para 2007. No primeiro mês de 2008, já se estima que esse montante se tornará negativo em mais de US$ 4 bilhões, significando que, em termos líquidos, o país passou a credor externo, fato inédito em nossa história econômica."

Deve-se notar o seguinte: o Brasil não vai liquidar de uma vez o seu débito externo. Apenas informa que, se quisesse, teria dinheiro para fazê-lo. Um dado que reforça a pregação segundo a qual a economia do país está, hoje, mais preparada para suportar eventuais turbulências que venham de fora.

Resta o problema da dívida pública interna. Em janeiro de 2008, mercê do resgate de um lote de títulos, o governo logrou reduzi-la em 1,71%. Coisa de R$ 20,9 bilhões. Ainda assim, o estoque total da dívida é ainda portentoso: R$ 1,204 trilhão

Se é assim porque os juros continuam altos?
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E a dívida interna?
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Lula não era a favor de dar o calote na dívida externa e pagar a interna?

Justiça Falha mas não tarda

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito para apurar supostas irregularidades na implantação do serviço 156, de atendimento ao público, que teriam sido cometidas pela atual ministra do Turismo, Marta Suplicy, e pelo atual governador de São Paulo, José Serra, quando eles estiveram à frente da prefeitura de São Paulo. O inquérito foi aberto na quarta-feira (20) por decisão do ministro Eros Grau, a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Por ser ministra, Marta tem direito a foro privilegiado. O objetivo da investigação é apurar se houve crime contra a administração pública e irregularidades na contratação de empresas sem licitação.
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E ainda tem imbecil que diz que eu sou tucano