Céu


Cangote
L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Dilma explicita seu modelo de governar

O estilo Dilma de governar é que mata o pig e cia de raiva...é que ela governa! 

A semana passada mostrou definitivamente o estilo Dilma Rousseff de administração, com a primeira reunião para discutir as políticas sociais do seu governo. Batizou-se com o nome de PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - da Miséria.

Na reunião, presentes a maioria dos ministros, Dilma explicitou seu modelo de atuação. E ficou claro a razão do empresário Jorge Gerdau ter sugerido que o modelo PAC fosse estendido à toda ação governamental. Mais do que um programa específico, trata-se de um modelo gerencial de coordenação de ações de governo.

Primeiro, Dilma definiu quatro grandes eixos de coordenação, cada qual entregue a um Ministro da sua estrita confiança.

O primeiro, de política econômica, será coordenado pelo Ministro da Fazenda Guido Mantega. O segundo, de infraestrutura (o PAC propriamente dito), pela nova Ministra do Planejamento Mirian Belchior. O terceiro, de políticas sociais, sob a coordenação de Tereza Campello. O quarto, de direitos da cidadania, sob Gilberto Carvalho. Cada Ministro coordenador falando em nome da Presidente.

***

A reunião de quinta foi da área social.

Antes da reunião, cada Ministro recebeu a pauta e as questões que deveriam ser desenvolvidas. Cada qual teria um tempo pré-determinado para descrever o que seu Ministério poderia fazer pelo tema.

Na sala, montou-se uma rede de micro, no qual era possível ler a apresentação da Ministra, em Power Point.

Dilma iniciou a reunião enfatizando a prioridade da erradicação da miséria. A intenção da reunião era dar o tiro de partida para a ação coordenada entre os diversos ministérios. Para tanto, cada Ministro tinha dez minutos para expor o que poderia fazer pelo tema, inclusive explicitando ações e territorialidade. Um apresentou o mapa da pobreza, o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) mostrou o mapa dos Arranjos Produtivos Locais.

Na cabeceira, Dilma estava ladeada por Mantega e por Antonio Pallocci – este incumbido de administrar o tempo, facultar a palavra e anotar os pontos principais.

***

À medida que as exposições eram feitas, o PPT se enriquecia. Dilma solicitava a inclusão de pontos novos, num exercício de brainstorm. O documento com as ideias principais foi sendo montado ao vivo e online.

Observou-se diferença importante no comportamento de Dilma, em relação aos seus tempos de Casa Civil. Não mais a Ministra explosiva da Casa Civil, mas uma presidente calma, tranquila, igualmente objetiva – é como se o cargo de presidente prescindisse da necessidade de bater na mesa.

Quando um Ministro fazia uma exposição mais superficial, era convidado a aprofundar o tema para a próxima reunião. E Palocci se incumbia de cortar a palavra dos mais prolixos.

Notou-se uma diferença importante em relação ao modelo Lula de reunião.

Com Lula exploravam-se os conflitos para se tirar a síntese.

No caso de Dilma, expõem-se previamente os objetivos fundamentais e as linhas a serem desenvolvidas. É mais gerencial.

***

O passo seguinte será os Ministros aprofundarem os temas propostos, através de reuniões bilaterais. Todas elas sendo supervisionadas por Tereza Campello, incumbida de montar o todo e definir os indicadores de acompanhamento.



Resoluções do ano novo

por Carlos Chagas

Senão desde os tempos de Ramsés II, pelo  menos depois que o planeta  adotou o calendário gregoriano, ficou  estabelecida a obrigação de a Humanidade inteira dedicar-se  às resoluções de Ano  Novo, sempre que ele está começando.  Tudo o que deixamos de fazer nos doze meses que passaram vira proposta para os que virão. Exemplos:

Fazer exercícios diários, para os sedentários. Fumar menos, para os tabagistas inveterados. Beber pouco, para os apreciadores da birita. Comer moderadamente, para os  gulosos, de preferência  frutas,  legumes e verduras.

Trabalhar mais, com   empenho e competência,  será um propósito universal. Outro, de não desperdiçar tanto tempo diante das telinhas e dos telões, aproveitando para botar a boa leitura em dia.

Dar mais atenção à família, evitar paradas no botequim na hora de ir para casa. Ser mais carinhoso e interessado nos filhos, além de mostrar boa vontade e compreensão para com os idosos. Respeitar os subordinados, evitar gestos de subserviência diante dos chefes.

Dirigir com cuidado, de acordo com as regras de trânsito, abandonando a vaidade de gastar as economias trocando de carro todo ano.  Aprimorar o conhecimento frequentando cursos e aprendendo outras línguas, assim como cultivar a sabedoria através da análise antecipada das reações de cada gesto ou opinião.

Procurar entender as razões daqueles que contrariam nosso modo de pensar e de agir.  Jamais imaginar num único livro, doutrina, partido   ou ideologia a resposta para todas as perguntas. Indagar sempre o que faríamos se investidos nas funções daqueles que criticamos.

Falar pouco, ouvir muito e meditar mais ainda, em especial quando se trata de responder a perguntas irrespondíveis, como  de onde viemos e para onde vamos. Levantar a cabeça e olhar o céu, sempre que possível, sabendo da impossibilidade de decifrar o infinito,  mas buscando absorvê-lo.

Cultivar o senso grave da ordem e o anseio irresistível da liberdade.  Encontrar no passado o nosso  maior tesouro, na medida em que o passado pode não nos indicar o que fazer, mas indicará sempre o que devemos evitar.

Em suma, resoluções de Ano  Novo fluem às centenas, mas envolvidas por uma realidade que nos acompanha sempre: será que daqui a um ano estaremos repetindo  essas mesmas promessas, dada a evidência de não havê-las cumprido?

O 2011 que se defronta à nossa frente estará começando com uma semana de atraso, porque do primeiro dia de janeiro até hoje as atenções ficaram voltadas para a posse do novo governo, o pronunciamento da presidente da República e de  seus ministros  e a expectativa das ações iniciais. Resoluções de Ano Novo, assim, foram primeiro deles. Decorridos poucos dias dos tempos pos-Lula, no entanto, voltamos à rotina que nos  força a repensar o individual. Quem sabe desta vez conseguiremos? Caso contrário, não haverá que desanimar. Imitando o esquartejador, podemos fatiar o ano e, por exemplo, deixar as resoluções para depois do Carnaval, que ninguém é de ferro. Por que não deixar passar a  Semana Santa? Ou as férias de julho? Sem esquecer a Semana da  Pátria, o período de Finados e já estaremos outra vez, resolutos, a programar tudo para 2012...


Antes que Dilma se renda aos assaltantes do poder

Enquanto políticos insaciáveis brigam pelo poder, o Brasil vai perdendo o controle de suas riquezas


Antes que Dilma se renda aos assaltantes do poder

"O Brasil paga para que os brasileiros não sejam proprietários dos meios de produção em seu próprio País. Parece que a aspiração máxima da maioria dos quadros dirigentes e dos empresários é serem gerentes a serviço de patrões estrangeiros".
Adriano Benayron, em artigo publicado no jornal Nova Democracia.

Vamos no entender: não votei na Dilma, mas nem por isso cometerei a mal-caratice de torcer pelo fracasso do seu governo. Antes, pelo contrário: como eu, os 193 milhões de brasileiros precisam que ela tenha êxito na tarefa confiada pela maioria do eleitorado. Desejar o contrário é impulso irresponsável de débeis mentais e interesses contrariados.
Não fosse pelas razões maiores, é obrigação de todo mundo dar um tempo a ela. A ela e a todos os novos governantes que assumiram nos Estados. Afinal, embora tenha a marca da continuidade, espera-se que, por dignidade e auto-estima, possa ela imprimir sua própria personalidade ao cargo maior, cabendo a nós, opinantes periféricos, reagir conforme os passos dados
.

 

Por isso, é premissa patriótica fortalecer a nova presidente enquanto chefa de governo, chefe de Estado e comandante das Forças Armadas. Reforçando sua autoridade, estaremos facilitando os meios para que, enfim, diga a que veio. Nada como a prática como espelho absoluto da verdade.
Como pano de fundo, a rapina do país
Pessoalmente, não tenho expectativas otimistas em relação ao novo governo. Quisera sinceramente estar equivocado, mas como esse time que Dilma montou Dunga vai lavar a alma.
Por mais que ela tenha boas intenções - não percebo ainda quais - está mais do que provado do que o exercício de um governo reflete sua composição. Há casos emblemáticos, como a recondução do senador Edson Lobão para o Ministério de Minas e Energia, onde ele não esconde seus propósitos de servir aos trustes, inclusive com novos leilões de nossas jazidas.
Aliás, nessa área estratégica, está na hora dos patriotas falarem a mesma língua, independente de suas filiações e simpatias partidárias.
O processo de desnacionalização e privatização da exploração dessa ainda fundamental fonte de energia se consolidou no governo Lula, que entregou mais jazidas a terceiros, principalmente estrangeiros, do que seu antecessor. E olha que FHC teve o atrevimento de quebrar o monopólio estatal do petróleo, numa hora em que os grandes trustes tinham grana de sobra, mas não sabiam onde "investir".
Além dos leilões das reservas de portas abertas aos grupos internacionais, o que sabemos é que a própria Petrobras é hoje uma grande empresa privada, voltada para a terceirização da exploração, tendo a regê-la pessoas indicadas pelo governo.
O pessoal do meio sabe muito bem das benesses garantidas às petroleiras privadas na nova lei do pré-sal. Com a assinatura do senador Romero Jucá, que permanecerá líder do governo, as petroleiras receberão de volta o royalties pagos, um presente de 30 bilhões de dólares por ano. Na Câmara, tamanha dádiva já havia sido introduzida na lei pelo líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves.
Mas não é só isso. O processo de desnacionalização da economia segue célere, com o que isso representa em descompromisso com nosso futuro. Sobre essa hecatombe, vale ler os relatos incontestáveis do professor Adriano Benayron. Você estará diante de um inventário alucinante de consequências arrasadoras. Um dia desses, quando acordar, verá que falar português já não dará pro gasto.
Nossa classe política não está nem aí para a continuada invasão estrangeira. Ou, antes, está para facilitar o seu processamento, mediante generosas propinas.
Isto é um assalto ao poder
Daí a corrida sem cerimônia a qualquer nesga do poder. Esses dias, tudo o que lemos, vemos e ouvimos e uma guerra suja pelos órgãos públicos e estatais que disponham de grana farta para saciar ambições explícitas. Os picaretas não se incomodam nem com a remuneração, inferior ao que se paga nas empresas privadas.
Querem os cargos não para servir. Querem, sim, e não escondem, para deles tirarem o máximo de proveito pessoal, no mesmo diapasão de sempre. Na gestão das verbas, os governantes terão como cobrarem propinas cada vez mais gordas. E de uma só tacada se arrumarem para o resto da vida.
Dilma Rousseff, refém desse ambiente, não parece disposta a enfrentar o valhacouto do reduto inexpugnável dos corruptos mais insaciáveis. Não está disposta por que não tem bala na agulha.
Sua condição de ungida pela força de terceiros pesa como uma pedreira em suas costas. São tímidos os seus movimentos na teia que a embaraça e isso poderá ser fatal para ela e para o país. Os escroques de todos os matizes se acham dotados de incomensuráveis instrumentos de chantagem. E estão pagando para ver, na trama grotesca do assalto aos podres poderes.
Agem como sacripantas sem escrúpulos que querem definir suas fatias o quanto antes, isto é, antes que ela possa exibir sua própria luz e descubra sua legitimidade institucional, ainda ofuscada pela cultivada versão de preposta.
Vê-se sem precisar de óculos que a sorte do novo governo vai ser decidida no nascedouro. Se deixar-se dominar pelas raposas do seu entorno, a primeira mulher presidente vai perder as rédeas e não resistirá aos apetites das más companhias.
Certamente, ela sabe disso. E pode até ser que, por comodidade ou fraqueza, aceite render-se ao império dos canalhas de hoje, de ontem e de anteontem.
Se isso acontecer, se continuar sem resistir ao loteamento do governo entre sócios de uma cobiça sem freios, a presidente do Brasil prestará um frustrante desserviço ao povo que deposita nela toda confiança com carinho e afeto.
E a conta do que der de errado no novo governo acabará sendo paga por todos nós. Para variar.

 


CONHEÇA MELHOR PEDRO PORFÍRIO. ADQUIRA SEUS LIVROS
Sem medo de falar do Aborto e da Paternidade Responsável


Opinião documentada
R$ 13,90*
Confissões de um Inconformista


Memórias
R$ 25,00*
O Assassino das Sextas-feiras


Romance realidade
R$ 23,90*
*mais despesas de correio

Ex-blog do Cesar Maia

ÁSIA DISPARA EM TECNOLOGIA! AMÉRICA LATINA CADA VEZ MAIS ATRÁS!


Cesar Maia

linha

Trechos da coluna de Andrés Oppenheimer -Miami Herald- La Nacion (04).

1. Xangai, número 1 em teste escolar mundial. Pela primeira vez uma cidade chinesa conseguiu o primeiro lugar no mais reconhecido exame padronizado mundial para estudantes de 15 anos, o teste Pisa, administrado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No teste de compreensão de leitura, a Coreia do Sul ocupou o 2º lugar, Estados Unidos 17º; Chile 44º, Uruguai 47º, México 48º, Brasil 53º, Argentina 58º e Peru 63º. Em matemática, Cingapura ficou em segundo lugar, os Estados Unidos em 31º, Uruguai 48º, Chile 49º, México 51º e Argentina em 55º.

2. Numa economia global baseada em conhecimento, o teste PISA é considerado peça chave para determinar quais países estão mais avançados na criação de cientistas e tecnólogos que poderão desenvolver produtos cada vez mais sofisticados. Apesar do teste Pisa ter avaliado apenas "uma" China, a elevada pontuação dos jovens de Xangai parece confirmar a ideia de que a China está formando novas gerações altamente qualificadas que poderiam desafiar a supremacia científica do Ocidente.

3. A Coreia do Sul alcançou um recorde de patentes. Embora os Estados Unidos continuem sendo o maior produtor mundial de invenções, os países asiáticos estão ganhando terreno e os latino-americanos estão ficando para trás. A Coreia do Sul dobrou suas patentes registradas internacionalmente na última década e chegou a 8.800 em 2010, segundo o Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos. Em contrapartida, o número de patentes dos EUA sofreu uma queda na última década, chegando a 83.400 no ano passado. Em comparação, o Brasil registrou apenas 103 patentes em 2010, o México- 60, a Argentina- 45, e o Chile- 21, segundo dados do escritório norte americano.

                                                * * *

GRUPO FACILITY DENUNCIADO! RELAÇÕES COM "ANDAR LÁ DE CIMA" SÃO ÍNTIMAS!
             
1. Dia 30 de dezembro, Facility ganhou contrato com prefeitura do Rio de 5 milhões, com dispensa de licitação, para o Centro de Operações da Prefeitura. Este Ex-Blog informou.
              
2. (Globo, 07) O MP-RJ apresentou denúncia por formação de cartel contra o empresário Arthur Cezar Soares do Grupo Facility, maior fornecedor de mão de obra do governo do estado. Eles são acusados de forjar concorrências entre empresas para vencer contratos do Detran.   Somente em 2009, segundo o MP, 42% de todos os contratos assinados pelo órgão, ou seja, R$ 701 milhões, foram realizados apenas com empresas do grupo Facility.  Em outro trecho da denúncia, os promotores afirmam que o Detran realizou "licitações de fachada", e que há indício do conluio de funcionários do órgão no esquema da Facility. O MP critica também o argumento usado pelo Detran para a dispensa de licitação de alguns contratos que foram renovados. O órgão sustentava que os serviços eram essenciais e não poderiam ser interrompidos até que fosse realizada uma nova concorrência. Para os promotores, as renovações ocorreram com base na "morosidade da própria administração, que, propositadamente, não concluía os procedimentos de licitações em tempo".

                                                * * *

VEREADORA DENUNCIA A PREFEITURA DO RIO!

(newsletter da vereadora A.G. Vieira, 06) 1. A Prefeitura do Rio está adotando práticas no mínimo incompatíveis com princípios de igualdade de oportunidade na contratação de importantes obras na cidade. No Diário Oficial de 30/12/2010 foi publicado aviso público abrindo prazo de 30 dias para que eventuais interessados se apresentem para realizar estudos com vistas à implementação do esgotamento sanitário na Zona Oeste. Trata-se de uma obra de suma importância, envolvendo recursos de R$ 200 milhões.

2. De início, salta aos olhos que o referido prazo iniciou-se com 15 dias a menos, já que a publicação constou como omitida do D.O. do dia 14 de dezembro. Como é habitual, os candidatos devem apresentar documentação que comprove sua idoneidade jurídica e técnica, mas o aviso da Prefeitura não deixa claro quais documentos são necessários.

3. Embora haja referência a um link na internet para obtenção de maiores informações (http://www.rio.rj.gov.br/do/termos.avisoseeditais), o mesmo, na verdade, remete o interessado para a página inicial da Prefeitura, onde não se encontra o prometido. No site de compras eletrônicas da Prefeitura (ecomprasrio.rio.rj.gov.br), também não há qualquer menção a tal seleção. A confusa redação do aviso dá a entender que o eventual interessado em realizar os estudos já deverá apresentá-los no dia 19 de janeiro, o que não é factível para uma empresa que tenha tomado ciência de tal oportunidade de trabalho apenas no dia 30 de dezembro.

                                                * * *

TRÁFICO ATACA MILÍCIA NA RM DO RIO!
            
(Extra, 07) Guerra entre tráfico e milícia leva pânico a Itaguaí. O município de Itaguaí, na Baixada Fluminense, está em meio a uma guerra. Duas facções de traficantes de drogas e uma quadrilha de milicianos disputam entre si o controle territorial da região. A disputa foi intensificada com a migração de traficantes da cidade do Rio para a Baixada Fluminense (saídos das UPPs). Apenas no último mês, quatro milicianos foram mortos pelo tráfico, segundo a Polícia Civil. Os confrontos têm deixado moradores assustados. — Isso piorou há uns dois meses. Os milicianos estão todos morrendo — disse uma moradora que preferiu não se identificar

                                                * * *

LEI DO SALÁRIO MÍNIMO REGIONAL NÃO FOI VOTADA PELA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RJ!

A ALERJ ainda não votou a Lei dos Salários Mínimos -Regional- do RJ para 2011. Todos os anos a lei é votada em dezembro do ano anterior para valer no seguinte. Devem ter se esquecido de submeter aos sindicatos patronais. Se não aprovarem até 15 de janeiro de 2011, as contribuições para o INSS serão recolhidas com base ao salário mínimo nacional. E ainda retroagirá a 1 de janeiro, com mora e juros, sendo aprovada posteriormente.

                                                * * *

UPP TEM QUE DAR CERTO! MAS HÁ PROBLEMAS NA TIJUCA!

1. A diferença da UPP para o GPAE é que, nesse caso, a polícia ocupava a comunidade para evitar tiroteios e disputa de bocas de fumo, mas não expulsava o tráfico de drogas local, chefiado por este ou aquele grupo. A UPP, uma etapa superior do GPAE, ocupa a comunidade e exclui o tráfico, com a total saída dos traficantes.

2. Mas as informações que vem das UPPs da Tijuca estão reforçando que o processo ali, é frouxo. Um resumo das informações de moradores e policiais pode ser resumida na forma abaixo.

3. UPP, na grande Tijuca é quase um acordo de cavalheiros. Os policiais estão nas comunidades, mas na verdade eles estão apenas cumprindo o seu horário de trabalho, porque o tráfico voltou com força total, armamento pesado. As comunidades haviam perdido os garis comunitários, o lixo aumenta cada vez mais. No Borel e Turano a situação ainda é pior, seja pelo abandono, seja pelo tráfico. Moradores são obrigados a colocar fogo no lixo e ficar atentos ao humor do tráfico. Nenhuma promessa foi cumprida. Parece que as favelas daqui não dão mídia aos governos.

                                                * * *

DADOS DO CENSO SOBRE FERTILIDADE! E PRODUTIVIDADE!
                  
Trechos do artigo de Jorge Arbache, professor de economia da Universidade de Brasília, na Folha de SP (07).
            
1. O Censo 2010 confirmou que o Brasil está passando por profunda transformação demográfica. Em 1990, a taxa de fecundidade era de 2,8 filhos por mulher, mas, em 2010, havia caído para 1,9.  Já a taxa de crescimento populacional passou de 1,8% em 1990 para só 0,9% em 2010. O que chama a atenção não é a convergência da fertilidade para padrões de países desenvolvidos, mas a rapidez com que essa transformação está se dando. De fato, a taxa de fertilidade caiu de 3 para 2 filhos por mulher em apenas 18 anos (entre 1988 e 2005).
            
2. O crescimento da produtividade é, no entanto, historicamente baixo e vem crescendo moderadamente, a taxas bem menores que as dos países dos Brics. Entre 2000 e 2009, a produtividade no Brasil cresceu em média 0,4% ao ano, enquanto na China e na Índia ela cresceu 5,2% e 2,8%. Logo, o aumento da produtividade vai requerer redobrados esforços do governo e da sociedade.


Twitter do Cesar Maia


Facebook


Cesar Maia Responde


Acesse o site





Artigo Delúbio Soares - "Nossa culltura e suas raízes"

Nossa culltura e suas raízes


 
"As manifestações folclóricas são o mais cristalino
 traço de genialidade e brilho do povo brasileiro"
(Luiz da Câmara Cascudo)
 
  A matriz de nossa cultura vem das raízes do povo. É no Brasil profundo, das entranhas de nosso sofrido e adorado país, dos seus valores e da sabedoria infinda de sua gente, que as artes plásticas, a música, a arquitetura, a literatura, a poesia, buscam a inspiração e encontram o fermento para a criação do que de melhor nós temos.
Heitor Villa-Lobos é tão conhecido em todo o mundo quanto no Brasil. Tocado da Filarmônica de Berlim à Royal Britânica, regidas por nomes como Von Karajan ou Gustavo Dudamel, o brasileiro levanta platéias e encanta gerações.  Gênio, comparável e comparado aos maiores compositores eruditos europeus, buscou nas cantigas de roda e no folclore de nosso interior, na alma do caipira e do seu trenzinho, a matéria-prima de sua produção fantástica.
Oscar Niemeyer, o maior arquiteto da atualidade em todo o mundo, o discípulo de Le Corbisieur que superou o mestre, buscou numa taba de índios de nossa Amazônia a inspiração para algumas de suas obras mais impactantes, como a Oca, do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, além de vários edifícios nos cinco continentes, onde se destaca o traço arrebatador do gênio que nos orgulha e nos alegra na plenitude de seus 103 anos.
Os painéis de Portinari, outro gênio que o Brasil doou ao mundo, adornam os salões de entrada do majestoso edifício das Nações Unidas, no coração de Nova York. Agora estão de volta ao Brasil para um cuidadoso trabalho de restauro por profissionais brasileiros. Antes, em iniciativa das mais felizes, foram colocados à disposição dos olhos e dos corações de nossa gente, em exposição pública. Filas serpentearam pelo centro do Rio de Janeiro, debaixo de sol e de chuva, em plena virada do ano, para que homens e mulheres, crianças e idosos, pudessem se deleitar com as cores vivas e os traços miraculosos do maior de nossos pintores. Portinari, coberto de glória em seu país e de admiração internacional, jamais deixou de ser o "Candinho", menino pobre e de olhos vivos, que passeava descalço pelas ruas de sua pequenina Brodósqui, e buscou no povo do interior, nos sertanejos que fugiam da seca, nas crianças que soltavam pipas e balões de São João, a inspiração para sua obra monumental que a todos nós orgulha e extasia.
A arte brasileira, depois da Semana de Arte Moderna de 1922, com o rompimento com o conservadorismo acadêmico e a arte sem compromissos com a realidade do Brasil e seu povo, passou a buscar nas raízes da nacionalidade, no interiorzão do país, a fonte geradora de sua melhor fase.  E a arte popular, com o folclore rico e poderoso que vem do coração e das tradições de nossa gente, é base de nossa cultura.
Já escrevi sobre uma das lembranças de minha infância, a Festa do Dia de Reis, com o bailado invadindo as ruas do interior goiano, a alegria mais pura e cristalina brotando do coração dos meus conterrâneos, a hospitalidade dos vizinhos em receber a visita da Bandeira do Divino ou do Estandarte dos Santos Reis. É uma tradição que vem do século XVI e foi trazida pelos portugueses colonizadores. Mas era mais formal e menos alegre, tingida com as cores sóbrias e algo conservadoras de um europeísmo que não tinha razão de ser. O que fez o nosso caipira? Deu ao Dia de Reis a alegria e o ritmo que lhe faltavam, incorporando à cantoria e às vestimentas a dança, a comida, a bebida e um gingado expressivo e gracioso que vem da senzala - herança dos nossos irmãos negros vindos da África como escravos - com a congada e a catira.
Vale recordar o que escrevi faz mais de um ano sobre essa surpreendente e belíssima festa que me hipnotizava na infância e que, ainda agora, com meio século de vida, trago no coração: "Em Goiás e Minas Gerais estão suas manifestações mais belas, que ainda guardam os traços profundos de fé, esperança e alegria que impressionaram tanto o botânico austríaco Johan Pohl, quanto o celebrado naturalista francês Saint-Hillaire, que perambularam pelos sertões goianos no século XIX e registraram para a posteridade as surpreendentes comemorações que presenciaram em mais de um lugarejo. (...) A Procissão do Fogaréu em Goiás Velho, as cavalhadas em Pirenópolis e Jaraguá, a festa do Divino Pai Eterno, em Trindade, reúnem milhões de goianos e de brasileiros de diversos Estados, em demonstrações impecáveis de fé e alegria".
Quando, em seu discurso de posse perante o Congresso Nacional, Dilma Rousseff reafirma seus compromissos com a cultura nacional e a coloca como uma das prioridades de seu governo, nossa presidenta eleva a questão cultural a seu merecido patamar, potencializando um trabalho já iniciado pelo presidente Lula. Um país sem memória ou sem cuidados para com seu patrimônio artístico, cultural e histórico, é uma terra fadada a não conhecer o êxito na posteridade. E Dilma mostrou seu comprometimento e sua decisão de incentivar tão importante segmento de nossa vida.
Meu Estado natal é pródigo em manifestações folclóricas, como a Procissão do Fogaréu, a Folia de Reis, a Festa do Divino, as Cavalhadas e eventos que marcam o calendário cultural e turístico de Goiás de norte a sul, de leste a oeste. Não há Município, por menor que seja, onde por iniciativa de sua população e muitas vezes sem a ajuda oficial, onde tais festas não se revistam de impressionante beleza plástica, com uma profusão de sons e de cores que fascinam e alegram, além de trazerem em seu bojo a reafirmação da profunda fé religiosa e da perpetuação de nossa cultura e de suas melhores e mais genoínas tradições populares.
 



Cardápio do dia

Saladas com Iscas de Frango e Uvas-Roxas