Google - projeto Tango desenvolve tablet com câmera 3 D

O Google está desenvolvendo um tablet de 7 polegadas que pode capturar imagens em três dimensões e planeja produzir cerca de 4 mil unidades protótipos a partir do próximo mês, conforme publicou o Wall Street Journal, citando pessoas com conhecimento do assunto.

O aparelho, que é parte do "Projeto Tango" do grupo Tecnologias e Projetos Avançados do Google (o mesmo que desenvolve o celular modular), terá duas câmeras traseiras, sensores infravermelhos de profundidade e software que pode capturar imagens precisas de objetos em 3D, segundo informou o jornal norte-americano.

O Projeto Tango do Google é uma plataforma para celulares e tablets Android projetada para acompanhar movimento em três dimensões do aparelho conforme o usuário o segura. Simultaneamente, o aparelho é capaz de criar um mapa do ambiente ao redor.

O principal produto do projeto, um celular inteligente protótipo, foi liberado em fevereiro e tem sensores similares. O produto foi projetado para criar um mapa 3D do espaço que cerca o usuário.

Eleição 2014

Eduardo Campos transformou o primeiro turno da disputa presidencial numa espécie de semifinal, na qual ele disputa com Aécio Neves o direito de travar contra Dilma Rousseff o jogo decisivo. O presidenciável do PSB concluiu que, para se manter vivo na competição, precisa tomar distância do amigo do PSDB. Sob pena de fazer o papel de "linha auxiliar" do tucanato.

Graças a esse entendimento, endossado por Marina Silva, Aécio tornou-se o principal alvo da primeira fase da disputa presidencial. Campos ainda não o chamou de "espectro fantasmagórico" ou de "fantasma do passado", como fizeram Dilma Rousseff e o PT. Mas já chegou muito perto disso. Nas suas andanças pelo país, o presidenciável do PSB também se refere a Aécio como uma espécie de pretérito imperfeito.

Em recente viagem à cidade baiana de Vitória da Conquista, Eduardo Campos disse a uma plateia de estudantes que sua tarefa, hoje, é fazer "o Brasil enxergar na prateleira das escolhas presidenciais uma opção que seja capaz de, efetivamente, mudar o Brasil." Ao enumerar as alternativas disponíveis na gôndola, ele resumiu o que pensa sobre cada candidatura.

A respeito de Dilma, declarou: "Quem quiser manter o Brasil na situação que está, com inflação em alta, crescimento em baixa, juros lá em cima, toda sorte de coisa errada, já tem em quem votar. É só manter o governo que está aí."

Sobre Aécio, afirmou: "Quem tiver saudade do passado, de um tempo em que o povo brasileiro não era olhado como devia, um tempo em que o Nordeste não crescia como precisava crescer, que não tinha atenção, quem tiver saudade desse passado também já tem em quem votar."

E sobre si mesmo: "Quem está indignado, quem deseja preservar as conquistas que tivemos nos últimos anos, da contenção da inflação à possibilidade de a gente cuidar das diferenças do Brasil, [...] aí a gente quer ser a opção."

Ao levar Aécio à sua alça de mira, Campos tenta atingir um objetivo jamais alcançado. Desde a redemocratização, o Brasil já atravessou seis eleições presidenciais. Em cinco, PT e PSDB enfrentaram-se no segundo turno. O PSB quer romper essa polarização, que voltou a ser esboçada nas últimas pesquisas.

Mal comparando, Campos tenta transpor para a realidade brasileira um conceito de terceira via cunhado pelo sociólogo inglês Anthony Giddens para explicar a ação do ex-primeiro-ministro Tony Blair, de quem era conselheiro.

Na versão de Giddens, a terceira via era uma opção política situada entre a pura obediência aos ditames do mercado e o alinhamento automático com o Estado do bem-estar social. Campos tenta consolidar-se como alternativa situada entre o respeito a valores como a estabilidade monetária e a responsabilidade fiscal, de um lado, e, de outro, a fundação de um Estado social que vá além do Bolsa Família.

No essencial, não é nada muito diferente do que defende Aécio. Hoje, nem com uma lupa o eleitor distinguiria a segunda via oferecida pelo tucanato da terceira via em que o PSB tenta se converter. A dificuldade da plateia cresce à medida que os contendores se esforçam para explicar o conceito de mudança.

Dilma apresenta-se como a mudança de si mesma. Numa referência indireta à falta de estrutura de Campos, Aécio se autoproclama "a mudança segura". E Campos afirma que é justamente a ausência de aliados "cheios de vícios" que faz dele o único ator político capaz de "mudar o Brasil para o futuro", criando um país em que "raposas" como José Sarney virem "oposição".

"Não vamos governar com os mesmos", repete Campos à exaustão. A promessa já rendeu algumas manchetes de jornal. Mas o que ajuda a retardar sua apreensão é o personagem que Campos era antes de associar-se a Marina Silva: governou Pernambuco rodeado por uma megacoligação apinhada de "raposas". Como ministro de Lula, coabitou a Esplanada com apadrinhados de Sarney.

O novo Eduardo Campos alveja Aécio sem descuidar de Dilma. Diz que "ela se entregou ao velho jogo da política, rendeu-se àqueles que estão roubando os nossos sonhos." Mas não há no seu discurso nenhum vestígio de reparo à atuação de Lula, principal responsável pela manutenção das "raposas" no galinheiro que Dilma tem a ilusão de presidir desde janeiro de 2011.

Naquela viagem a Vitória da Conquista, Campos disse coisas assim: "Fomos nós, nordestinos, que elegemos a presidenta que está aí. Ela ganhou graças aos 10 milhões de votos que foram tirados aqui do Nordeste. E nós não vimos o Nordeste ser tratado como deveria."

Ele prosseguiu: "Já vamos para três anos de seca e não vimos obra importante ser inaugurada para o enfrentamento da questão da estiagem. [...] Agora, às vésperas das eleições, quer levar os nossos votos. Não, os nordestinos vão ter em quem votar…"

Informado sobre o ataque, um auxiliar de Dilma pescou no computador notícia sobre uma visita que ela fizera, em março do ano passado, às obras de uma adutora na Paraíba, Estado governado pelo PSB de Campos. Integrava a comitiva de Dilma o então ministro da Integração Nacional, o pernambucano Fernando Bezerra, indicado por Campos.

Ao discursar, o afilhado político de Campos defendeu a transposição do rio São Francisco. A obra, de responsabilidade de sua pasta, fora prometida por Lula para 2010. Até hoje não foi inaugurada. Sócio do malogro, Bezerra transbordou-se em elogios: "Quem colocou o Nordeste pra frente foram os governos Lula e Dilma", ele disse. "Nunca antes na história desse país se investiu tanto em água no Nordeste como no PAC."

O assessor de Dilma ficou tentado a responder às "provocações" pronunciadas por Campos no interior da Bahia. Foi orientado, porém, a silenciar. Avaliou-se que não é hora de dar cartaz à terceira via. Interessa ao comitê reeleitoral da presidente açular a polarização com o PSDB, um adversário que o petismo já bateu três vezes.

Josias de Souza

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Bem assim

Mafalda, una niña de 50 años

A popular personagem de Quino comemora seus 50 anos em 2014. Ainda que suas tiras não sejam mais publicadas desde 1973, Mafalda continua sendo uma figura reconhecida no plano internacional, com fãs espalhados em quase todo o planeta.

Qualquer ser humano com a sua idade já seria considerado um adulto na maturidade. Todavia, ela continua apresentando o seu apelo de criança, pois é assim que é conhecida e que se mantém no imaginário coletivo: como uma garotinha precoce e preocupada com o futuro da humanidade, questionadora da ordem estabelecida, porém, no fundo, sempre positiva.

A data de seu aniversário já tem sido motivo de polêmicas. Mas o próprio Quino publicou, em sua página web oficial, um comunicado no qual confirmou que: "El día de su primera publicación fue el 29 de septiembre de 1964 en la revista Primera Plana", o dia que deve ser considerado como aniversário de Mafalda.

O motivo por que o argentino Quino deixou de desenhar a Mafalda foi meramente pessoal. Numa breve biografia explicou que: "Ya no siente la necesidad de utilizar la estructura expresiva de las tiras en secuencia". Curiosamente, alguns anos atrás, propagou-se um boato - especialmente popular no México - que apontava para uma possível morte da personagem, atropelada por um caminhão de sopa  (alimento que Mafalda odeia com as mesmas forças com que ama os Beatles).

Enviado por Paulo Gurgel Carlos da Silva, ao Portal do Nassif

Bancos miram no público jovem

Não estranhe quando o filho de seu vizinho, de 16 anos, disser que já tem um cartão de crédito. Ou se seu sobrinho, que acabou de completar 18 anos, falar que a conta bancária dele anda no vermelho. Hoje em dia, ter um cartão de crédito ou abrir uma conta corrente não é mais exclusividades dos adultos. De acordo com pesquisa realizada, em 2013, pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), em parceria com o Instituto Ipsos, mais de 40% dos jovens brasileiros entre 16 e 24 anos são correntistas, e 26% já fazem uso do conhecido dinheiro de plástico.

Obviamente, que quem está inserido nessa faixa etária não possui muitas garantias a oferecer na hora de acessar esses produtos e serviços, mas isso não significa, explicam os especialistas, que esses jovens não sejam um público em potencial. Mais informados, conhecedores e usuários de tecnologia e cada vez mais cedo presentes no mercado de trabalho, não é de se estranhar o acesso precoce ao universo das finanças.

Potencial de consumo

Sem contar o padrão de consumo do público que vai dos 16 aos 24 anos de idade e que dia após dia cresce e se diversifica. Independentemente do estilo, é ponto pacífico que os jovens brasileiros, sobretudo da classe média, nunca tiveram tanto dinheiro na mão. E eles consomem mesmo. Principalmente peças de vestuário e alimentação.

De acordo com o mais recente estudo "Perfil de Endividamento do Consumidor de Fortaleza", divulgado na última quarta-feira, 21, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), 44,32% e 38% dos jovens entre 18 e 24 anos que assumiram dívidas na Capital cearense neste mês, respectivamente, gastaram com roupas e alimentos.

Seguido de categorias como eletrodomésticos (30%) e eletrônicos (18,6%), revelando, dessa forma, que cada vez mais os adolescentes dão palpites ou desembolsam em produtos comuns da casa, principalmente na área tecnológica. Comportamento que salta - e não poderia deixar de ser - aos olhos de bancos e do comércio varejista.

Mercado diversifica

Para se ter uma ideia, atualmente, todos os bancos de varejo que operam em território nacional oferecem, por exemplo, as chamadas contas universitárias, feitas especialmente para o público mais jovem.

E as ofertas não param por aí: cheque especial, poupança e mais uma infinidade de produtos são lançados um atrás do outro na tentativa de fisgar de vez essa turma.

No entanto, alerta quem entende do assunto, é preciso ter cuidado quando a questão é o uso do crédito - via cheque especial, cartões, financiamentos em lojas e empréstimos bancários - pois as ofertas no mercado são muitas e o risco de endividamento, igualmente, é grande.

Não é à toa o crescimento da oferta de programas de educação financeira voltados para crianças e adolescentes e o esforço empenhado por quase todos os bancos que operam no Brasil em dar, ao mesmo tempo que procuram atrair e fidelizar esse público, orientação sobre consumo e crédito responsáveis.

Neste cenário, completam os especialistas na área, o papel dos pais também é fundamental, a fim de que seja garantida uma relação saudável com o novo mundo do qual os jovens passaram a fazer parte.

Anchieta Dantas Jr.

Crônica dominical de Luis Fernando Veríssimo

Inúteis
As eleições para o Parlamento Europeu que acontecem neste fim de semana são um plebiscito disfarçado sobre o futuro da Comunidade Europeia. Entre os candidatos pedindo votos há um forte e barulhento grupo — talvez uma maioria — que é contra a comunidade e, portanto, quer ser eleito para uma instituição que pretende destruir.

As razões para sabotar a União Europeia vão desde o nacionalismo emocional até a reação da Europa do Norte ao atraso que representam as economias letárgicas da Europa do Sul e à ameaça de admissão de mais países problemáticos à comunidade, favorecendo a invasão de mão de obra barata do Leste. E passando pelo ressentimento de muitos com o domínio da Alemanha de Merkel sobre todos. A receita de frau Merkel para a saúde geral da comunidade é apfelstrudel,apfelstrudel e não tem conversa.
Assim, boicotada por dentro, a Comunidade Europeia caminha para ser outra Nações Unidas, um monumento à inutilidade de uma boa ideia. As Nações Unidas também nasceram como um projeto de congraçamento, para substituir as guerras pelo debate e o embate irracional pela razão.
É só lembrar todos os conflitos que acometeram o mundo desde que as Nações Unidas existem, sem que a organização pudesse evitá-los ou condicionar a política de grandes potências, para desesperar a Humanidade.
A ONU faz um trabalho valioso nas áreas da saúde e da alimentação internacionais e continua lá, no seu imponente prédio à beira do East River, mas, no seu propósito principal, fracassou. A Comunidade Europeia também tem um vistoso Parlamento, em Bruxelas, simbolizando sua própria frustração.
É difícil imaginar um retrocesso radical e imediato do seu projeto de união — embora até a permanência do euro, a moeda única de uma nação fictícia longe de ser única, esteja sendo posta em dúvida — mas o resultado das eleições deste fim de semana pode muito bem sinalizar o prelúdio de um suicídio.

A televisão francesa não para de mostrar razões para ninguém ir ao Brasil, na Copa ou em qualquer outro momento. Ao mesmo tempo as agências de viagens não param de vender pacotes para franceses irem à Copa. E a música do Brasil está em alta como nunca em Paris, até em lugares inesperados.
Três cantoras francesas e uma guitarrista fizeram um show há dias no Teatro Bouffes du Nord só de compositores brasileiros, de Villa-Lobos a Hermeto Pascoal e incluindo “Tico-tico no fubá”. Uma cantora francesa chamada Malu le Prince está resgatando a obra injustamente esquecida do Johnny Alf. E um show da Stacey Kent com um quarteto de cordas no Teatro Chatelet não só tinha uma maioria de canções do Tom Jobim e outros brasileiros como acabou em batucada. Você acreditaria na Stacey Kent tocando agogô?